SP: Cachorro morre em hotel para pets e família aponta negligência
Segundo estabelecimento, o animalzinho foi encontrado desacordado; tutora acredita que ele foi atacado
Primeiro Impacto
Um cachorro da raça Spitz Alemão, chamado Rocky, de um ano e três meses, morreu em um hotel para animais, na Vila Monumento, no bairro do Ipiranga, em São Paulo. Segundo a tutora, ele teria sido atacado por um cachorro de grande porte.
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O caso aconteceu durante as férias de fim de ano, quando Rocky foi deixado no local para uma hospedagem de oito dias. Ao SBT News, Vanessa Ginjas, contou sobre a preocupação que teve de achar um estabelecimento seguro para deixar o membro da família e que decidiu pelo Hotel e Day Care Zaya após sugestão de um familiar. Segundo Vanessa, a proprietária fez diversas exigências para receber o animal, como vacinas e vermífugos em dia, o que lhe deu mais segurança, mas foi surpreendia cinco dias depois com a notícia da morte repentina de Rocky.
"Ela entrou em contato, aparentemente nervosa, questionando se estávamos longe - estávamos em Santa Catarina -, perguntamos o que estava acontecendo e ela, chorosa e confusa, falou de morte súbita.", relata.
"Meu marido ficou muito nervoso e pediu para conversar com a veterinária, que prontamente falou 'não, aqui temos hematomas no pescoço, tórax.' ", lamenta Vanessa. De acordo com a tutora, em conversas posteriores, a proprietária teria confirmado que Rocky não ficou separado de outros cachorros de grande porte e que teria deixado os animais sem supervisão por quatro horas.
"Ela mesmo aceita a omissão e negligência de ter deixado os cachorros sozinhos e juntos durante quatro horas.", afirma.
Os animais não poderiam estar sozinhos. É o que explica a técnica médica-veterinária do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo, Anne Helzel. De acordo com a profissional, uma das exigências para um hotel e day care ter alvará de funcionamento é a necessidade da permanência de um auxiliar veterinário durante todo o tempo de funcionamento ou então de um faxineiro.
Para Vanessa fica a dor, indignação e vontade de justiça.
"Eu vou lutar por justiça, eu quero que essa pessoa não possa mais ficar com animais e cause de novo o sofrimento que eu tenho sentido, meu marido tem sentido e minhas filhas tem sentido. ", reforça.
Em nota, os advogados do Hotel e Day Care Zaya esclarecem que, em 5 anos de funcionamento, nunca houve nenhuma acusação de maus-tratos, negligência, imprudência ou imperícia e que a proprietária do local zela e administra outros 14 animais de rua, além de ajudar inúmeras ongs que lutam a favor destes bichos. No caso do Rocky, a proprietária lamenta profundamente o ocorrido e argumenta que o cachorro foi encontrado desacordado, sem qualquer perfuração ou sangramento. Informa ainda que ele foi socorrido e levado imediatamente a uma clínica veterinária, também não descarta nenhuma hipótese de mal súbito e se coloca à disposição para qualquer apuração do fato ocorrido e complementa que aguarda o laudo da necropsia solicitada pelo médico-veterinário, com previsão de quarenta e cinco dias para conclusão.