Publicidade
Brasil

Ataque em escola de São Paulo: "Me senti na cena que vivi em Suzano há 4 anos"

Sandra Ramos é mãe de um do sobreviventes do massacre ocorrido em 2019

Imagem da noticia Ataque em escola de São Paulo: "Me senti na cena que vivi em Suzano há 4 anos"
mãe de aluno de escola atacada em Suzano
• Atualizado em
Publicidade

O atentado na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, Zona Oeste de São Paulo, nesta semana, resgatou traumas que jamais serão esquecidos por aqueles que passaram por situações parecidas de terror.

"Eu me senti na cena do que eu vivi há quatro anos atrás. É um misto de sensações que a gente tem. É uma sensação horrível porque eu me coloquei no lugar dos pais", disse Sandra Regina Gomes, mãe de uma das vítimas do "massacre de Suzano", ocorrido em 13 de março de 2019. 

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

Naquele dia, nove pessoas morreram no ataque, incluindo os dois atiradores de 17 e 25 anos, ex-alunos da Escola Estadual Professor Raul Brasil. O filho de Sandra, José Vitor Ramos, recebeu golpes de machado, mas sobreviveu. A mãe ressalta nunca ter superado o ocorrido. 

"Cada vez que isso volta a acontecer, volta na minha memória, e acho que não vou superar isso", disse em entrevista à repórter Flávia Travassos, do SBT Brasil. Sandra conta que a sensação de ter o filho atacado dentro do colégio é como "abrir um buraco e entrar nele". 

Ela recorda que o momento mais difícil após o ataque em Suzano foi quando o filho teve que retornar às aulas. Sandra espera que os pais do caso da Vila Sônia consigam ter forças quando chegar esse momento. "O mundo acabou ali para você, porque você manda o seu filho para um lugar seguro, achando que ele está seguro, porém, não estava. Eu queria poder estar lá para dar esse abraço nos pais, ou falar uma palavra de carinho, porque é uma situação difícil, porque as crianças vão ter que voltar a ir para escola", disse a mãe.

Sandra se solidarizou com a família da professora Elisabeth Terneiro, de 71 anos, que morreu esfaqueada pelas costas no ataque desta 2ª feira (27.mar), e também com as demais vítimas, e disse que a profissional "deixou o seu legado" na educação brasileira. "Ela podia estar na casa dela cuidando dos netos, mas escolheu ensinar, e ela morreu no que ela queria fazer, no que ela gostava de fazer".

*Estagiário sob supervisão de Roseann Kennedy

Assista aqui a entrevista na íntegra:

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade