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Brasil

32 anos da morte de Daniella Perez: relembre caso que comoveu o país

Gloria Perez homenageou a filha em suas redes sociais; ex-colega de elenco em novela, Guilherme de Pádua, participou de seu assassinato

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Daniella Perez - assassinato da atriz completa 32 anos neste sábado (28) | Reprodução/Instagram
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A dramaturga Gloria Perez usou suas redes sociais, neste sábado (28), para homenagear a filha, Daniella Perez: hoje faz 32 anos que a atriz foi brutalmente assassinada, aos 22 anos, em um crime com ampla comoção nacional.

"28/12/92. Não, o tempo não ameniza nada…", escreveu na legenda.

Daniella, que era atriz e estava em ascensão, foi morta em dezembro de 1992 por seu ex-colega de elenco Guilherme de Pádua e por Paula Thomaz, sua esposa na ocasião, com golpes de tesoura.

Relembre o caso

Em 1992, ano de seu assassinato, Daniella Perez interpretava, Yasmin, uma das personagens principais na novela "De Corpo e Alma", escrita por sua mãe, Gloria Perez. Na trama, sua personagem vivia um romance com Bira, papel de Guilherme de Pádua, relação que, na ficção, terminaria em cena gravada no dia 28 de dezembro daquele ano.

Daniella e Guilherme saíram dos estúdios de gravação em seus respectivos carros, ela em um Ford Escort e ele em um Volkswagen Santana. Daniella parou em um posto de gasolina para abastecer, momento em que Guilherme estacionou seu carro perto, junto com Paula. Segundo frentistas, ao deixar o posto, Daniella teve seu carro fechado pelo Santana do ator. Guilherme desceu do veículo, agrediu a atriz com um soco e a deixou inconsciente. Ele então a colocou no banco de trás de seu carro, agora dirigido por Paula, e assumiu o volante do Escort da atriz.

Os veículos seguiram até um terreno baldio na Rua Cândido Portinari, uma área deserta da Barra da Tijuca. Lá, Daniella foi morta com 18 golpes de tesoura, desferidos por Guilherme e Paula, segundo a investigação. O corpo foi arrastado para um matagal próximo.

Um advogado que passava pelo local, estranhando a presença dos carros, anotou as placas e informou a polícia. Mais tarde, a polícia encontrou o Escort de Daniella abandonado no terreno, além de documentos que identificaram o veículo como pertencente ao ator Raul Gazolla, marido da atriz. Ao investigar a área, os policiais encontraram o corpo de Daniella.

No dia seguinte ao assassinato, Pádua assumiu a autoria da morte de Daniella.

Guilherme, prisão e liberdade

Guilherme de Pádua foi preso em 1993 até 1999, o que também aconteceu com Paula Thomaz. Eles se separaram logo depois do crime.

Em entrevista ao Portal UOL, em 2012, o promotor Francisco Cembranelli, que participou da elucidação de casos como de Isabela Nardoni, disse que, em razão da progressão de regime do pena, "foi um delito que ficou praticamente impune, que até teve uma pena alta (19 anos para ele e 18 anos e meio para ela), mas eles cumpriram muito pouco tempo", afirmou.

Enquanto estava preso, Pádua escreveu a "História que o Brasil desconhece", editado pela Escriba Editora Multimídia de Artes Gráficas, que conta sua versão sobre o assassinato da atriz. O livro teve a comercialização suspensa após liminar obtida pela defesa de Gloria Perez.

Após ser solto, Guilherme virou pastor de uma igreja Batista, se casou com a maquiadora Juliana Lacerda, que conheceu na igreja, e morreu de infarto aos 53 anos, em 2022.

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