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Brasil sobe 10 posições em ranking mundial de liberdade de imprensa

Índice da organização Repórteres Sem Fronteiras coloca país em 82º lugar entre 180 países analisados

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O Brasil subiu 10 posições no ranking de liberdade de imprensa e chegou ao 82º lugar entre 180 países citados, em 2024, segundo o índice da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF). É a melhor posição alcançada pelo país nos últimos 10 anos.

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Nas classificações, desde 2013 a situação é avaliada como "problemática". Mudou somente em 2021, quando foi considerada "difícil". Todavia, o salto que partiu da 92ª para a 82ª posição é analisado pela instituição como uma "evolução positiva".

“No Brasil (82º), o governo do presidente Lula obteve progressos gerais na normalização das relações com a imprensa, após um período de escalada de tensões", diz a RSF.

Levando como base exclusivamente a pontuação do Brasil, os dados nacionais ficaram praticamente estáveis. Houve acréscimo de apenas 0,08 ponto.

Comparativos

Nas Américas, devido ao declínio no indicador de contextualização política, metade dos países da região tiveram queda em suas notas, sobretudo aqueles com aumento na polarização.

"Cada vez mais figuras políticas estigmatizam os jornalistas e os meios de comunicação nos seus discursos. A isto se somam campanhas de desinformação, processos judiciais abusivos e propaganda estatal que mantém a desconfiança na imprensa", diz o balanço.

Os norte-americanos, por exemplo, que passam por eleições em 2024 entre Joe Biden e Donald Trump, reverteram a situação "relativamente boa" de 2023 para também "problemática", caindo dez posições no ranking geral (55º). O mesmo vale para Argentina (66º, caiu 26 posições) e Uruguai (51º, subiu 1 posição).

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Paraguai (115º, caiu 12 posições) e Equador (110º, caiu 30 posições) também apresentaram "piora", segundo levantamento. Passaram de uma classificação "problemática" para "difícil".

Uma inspiração para o continente vem do Chile (52º), que conquistou 31 posições: "A redução da polarização e o desejo do governo de promover a liberdade de imprensa, a fim de criar um ambiente mais seguro para os profissionais da mídia, contribuíram para essa recuperação", explica a organização.

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Entenda como funciona

Cada país é avaliado com base em cinco indicadores que ajudam a entender a liberdade de imprensa: contexto político, leis, economia, cultura e segurança. Uma sub-pontuação é calculada para cada indicador, entre 0 e 100. Todos têm o mesmo peso na pontuação geral.

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