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Diretor da Polícia Federal critica tratamento dado a brasileiros deportados: "Não são presidiários"

Andrei Passos Rodrigues diz que não há justificativa para migrantes terem sido acorrentados e algemados

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Diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues | Divulgação/PF
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O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, criticou o tratamento dado aos brasileiros deportados dos Estados Unidos, que chegaram a Manaus (AM) algemados e com correntes nos pés. Segundo Rodrigues, não há justificativa para tais medidas, já que os migrantes não apresentavam perigo.

"Não há justificativa para pessoas que não são presidiárias, que não oferecem risco nenhum, que estavam em solo nacional serem tratadas dessa maneira", declarou Passos em entrevista ao programa "Roda Viva", da TV Cultura, na noite dessa segunda-feira (27).

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O chefe da PF reconheceu que, durante o governo de Joe Biden, brasileiros já eram algemados em voos de retorno ao Brasil. No entanto, desta vez, os deportados também chegaram ao país acorrentados, o que, segundo ele, representa um risco à soberania nacional.

"A diferença [da gestão Biden para a de Donald Trump] é que em nenhum momento houve essa exposição, essa falta de cuidado com cidadãos brasileiros que aqui chegaram", afirmou.

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Entenda o caso

No último sábado (25), um avião com 88 deportados dos Estados Unidos pousou em Manaus (AM) após apresentar falhas técnicas. Os brasileiros desembarcaram algemados e acorrentados e relataram agressões e ameaças durante o voo.

Ainda em Manaus, a PF proibiu que os americanos prosseguissem a viagem até Belo Horizonte (MG) mantendo os brasileiros algemados.

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A Polícia Federal informou que ouviu os migrantes para apurar possíveis abusos por parte das autoridades norte-americanas. Caso sejam identificados indícios de crimes, uma investigação formal será aberta.

O Itamaraty também solicitou informações aos Estados Unidos sobre uso de algemas e denúncias de maus-tratos.

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