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Brasil

Enfermeira que atuava como especialista em harmonização facial e corporal é denunciada por pacientes

Ao menos 15 mulheres afirmam que ficaram com sequelas após os procedimentos estéticos

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Pelo menos 15 mulheres denunciaram uma enfermeira que atuava como especialista em estética nos estados do Pará e Maranhão. As pacientes afirmam que ficaram com sequelas após procedimentos estéticos realizados pela profissional, que se apresentava como especialista em harmonização facial e corporal nas redes sociais.

Uma das pacientes, que preferiu não ser identificada, relatou que pagou R$ 2 mil por um procedimento de remodelação dos glúteos, que envolvia a aplicação de plasma extraído do próprio sangue. Ela conta que, durante o procedimento, passou mal, desmaiou e teve febre. "Fiquei com nódulos, sinto dores às vezes", relata a vítima.

Outra paciente, Waldenice de Jesus, que é podóloga, fez o mesmo procedimento em São Luís, no Maranhão, e também sofreu complicações. "Senti tontura, a vista ficou embaçada. Eu gritei de dor e pedi para parar, mesmo se não fosse me devolver o dinheiro", conta Waldenice.

Essas mulheres estão entre as quinze que já registraram queixas contra a enfermeira Cássia Caroline Pampolha. De acordo com o Conselho Regional de Enfermagem do Pará, a profissional não possui certificação para atuar na área estética e também não tem autorização para atuar no estado do Maranhão.

O presidente do conselho, Antônio Marcos Gomes, explicou que, em um levantamento preliminar, não consta o registro da enfermeira como profissional especializada em estética, o que seria necessário para esse tipo de atuação.

Em sua defesa, Caroline Pampolha afirma que jamais se apresentou como médica e que atua como enfermeira esteta. Segundo ela, além de realizar procedimentos estéticos, também ministra cursos para formar outros profissionais da área.

Especialistas destacam que o uso do plasma rico em plaquetas para fins estéticos no Brasil está regulamentado apenas para pesquisa e que profissionais não habilitados em locais inadequados podem oferecer risco à saúde.

O dermatologista Gabriel Lazzeri Cortez explica que o método não tem eficácia comprovada para os fins estéticos prometidos. "Ele não preenche o corpo. O volume desaparece após poucos dias, sendo apenas efeito do inchaço", esclarece o médico.

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