Itamaraty e Embaixada dos EUA criam grupo de trabalho sobre deportados
Objetivo é trocar informações e garantir "tratamento digno". Segundo voo com brasileiros expulsos do território norte-americano deve chegar em 7 de fevereiro
Yumi Kuwano
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) e a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília firmaram um acordo, em reunião realizada nesta quarta-feira (29), para a criação de grupo de trabalho para tratar sobre os assuntos relacionados à deportação de brasileiros.
Segundo o Itamaraty, o objetivo do grupo será trocar informações e aprimorar a operacionalização de voos de retorno de brasileiros, garantindo a segurança e o tratamento digno dos passageiros.
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Além disso, a partir de agora, deve ser estabelecida uma linha direta de comunicação para que o governo brasileiro possa acompanhar em tempo real os próximos voos.
A medida foi tomada após os EUA enviar brasileiros em um voo com tratamento "degradante" e "desrespeitoso", algemados nos pés e nas mãos, sem atendimento a direitos básicos, como ir ao banheiro.
Além de uma apuração da Polícia Federal sobre o caso, o governo brasileiro também vai criar um posto de acolhimento humanitário no Aeroporto de Confins, em Minas Gerais, para receber os cidadãos que serão mandados de volta ao Brasil nos próximos meses.
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O segundo voo com deportados dos Estados Unidos, desde a posse de Donald Trump, deve chegar ao Brasil no dia 7 de fevereiro. As autoridades brasileiras ainda não foram informadas sobre o número exato de brasileiros que serão expulsos dos Estados Unidos.
O voo partirá do estado da Louisiana e, assim como ocorreu semana passada, a aeronave deverá fazer uma escala em Manaus (AM) antes de seguir para o destino final: o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG).