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Brasil

Mais da metade das crianças no 4º ano do ensino fundamental não sabem tabuada, aponta estudo internacional

No 8º ano do ensino fundamental, cerca de 62% dos alunos não dominam conceitos básicos de matemática e outra parcela não sabe sobre ciências

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Metade dos alunos brasileiros de 9 anos não sabe resolver tabuada | Divulgação
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O Estudo Internacional de Tendências em Matemática e Ciências (Timss) divulgado nesta quarta-feira (4), revelou que 51% das crianças do 4º ano do ensino fundamental não dominam habilidades matemáticas essenciais, como a tabuada, no Brasil. Promovido pela Associação Internacional para a Avaliação do Desempenho Educacional (IEA), o estudo mostra ainda que as crianças têm dificuldade na interpretação de gráficos simples ou operações com números de três algarismos. Esses alunos sequer atingem o nível mínimo de conhecimento necessário para avançar na disciplina.

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A média brasileira em matemática, de apenas 400 pontos, coloca o país em uma posição crítica, à frente de apenas três dos 64 países participantes da pesquisa: Marrocos, Kuwait e África do Sul. Em comparação com a média global de 503 pontos, o Brasil está, basicamente, três anos escolares atrás de outros países. Esse desempenho é ainda mais preocupante quando se observa que os 5% de estudantes com piores resultados atingiram no máximo 259 pontos, uma pontuação insuficiente para conseguir responder às questões mais simples da prova.

No 8º ano do ensino fundamental, cerca de 62% dos alunos não dominam conceitos básicos, como o cálculo do lado de um quadrado. Além disso, mais de 60% dos estudantes não conseguem lidar com formas geométricas simples, interpretar gráficos ou entender relações de proporção. Ainda nesta série, 42% dos estudantes não conseguiram responder corretamente questões sobre células e reações químicas.

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Ensino Superior

De acordo com o levantamento, um dos principais fatores de comprometimento da educação no país é a formação de professores no Brasil. A carreira de docente, especialmente na área de matemática, é pouco atrativa devido à baixa remuneração e às condições de trabalho, o que resulta em um baixo interesse por cursos de licenciatura e em altas taxas de evasão. Segundo a pesquisa, o problema na formação de professores é reflexo de um ciclo vicioso, em que professores com formação insuficiente são designados a escolas de menor qualidade, atendendo alunos em condições vulneráveis, o que agrava ainda mais as desigualdades educacionais.

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A pesquisa mostra que os alunos ingressam nas faculdades com uma defasagem nos conhecimentos básicos adquiridos no ensino médio, principalmente devido à baixa qualidade do ensino público. Isso afeta diretamente a formação superior, que, muitas vezes, é precária.

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