Classes de menor poder aquisitivo compram mais online, diz estudo
Classes C, D e E são responsáveis por quase a metade do consumo no Brasil
do SBT Brasil
Uma pesquisa da PwC, em parceria com o Instituto de Pesquisas Locomotiva, concluiu que as classes C, D e E, que somam 76% da população brasileira, representam quase metade do consumo no país. São mais de 160 milhões de pessoas, que foram mapeadas pelo estudo de hábitos de consumo.
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O trabalho aponta que 63% dos entrevistados preferem comprar online e retirar o produto na loja. É um procedimento que se consolidou principalmente depois da pandemia de covid-19.
"Eles têm vindo à loja pra ter uma experiência com o produto. Ver de perto, pra tocar, pra comparar com produtos similares. E aí, sim, tomar a decisão de comprar. Muitas vezes vêm à loja e compram no próprio site, no superapp da empresa, enfim. E às vezes optam pra retirar na própria loja também", destaca Maurício Maia, gerente de logística ultrarrápida da Magazine Luiza.
O documento mostra que 87% das pessoas das classes C, D e E aumentariam o consumo se tivessem maior acesso a crédito. Segundo a pesquisa, esse público também prefere marcas envolvidas em causas sociais e que apoiam a diversidade. Esses consumidores disseram, inclusive, que pagariam mais caro pelos produtos dessas empresas.
Além disso, 66% dos entrevistados declararam depender mais da internet para comprar produtos e serviços do que há dez anos. Quarenta por cento disseram que já foram atraídos por anúncios nas redes sociais. E a maior procura é por itens que facilitem o dia a dia.
"Falta tempo pra essa população pra ela cuidar dos itens de casa. E com isso, nossa pesquisa mostra que a população das classes C, D e E quer eletrodomésticos, quer eletroeletrônicos que sejam mais inteligentes. Para quê? Para ela poder ter na sua casa, gastar mais tempo, investir mais tempo com outras coisas, não com o cuidado da casa", explica Luciana Medeiros, sócia da PwC Brasil.