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Economia

Risco de colapso de mina em Maceió tem reflexo na Bolsa de Valores

Papeis da Braskem, que tinham caído 6,5% na véspera, baixaram até 7%; Ibovespa se virou para Wall Street

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Mercado financeiro
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O risco iminente de colapso de uma mina abandonada em Maceió (AL) impactou os papeis da Braskem pelo segundo dia consecutivo nesta 6ª(01.dez). As ações da companhia, que já tinham cedido cerca de 6% na véspera, repetiram o mau desempenho e tiveram quedas entre 3,75% e até 7,05%.

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O pior risco

A Braskem explorou a extração de sal-gema na mina do bairro de Mutange, na capital alagoana, desde a década de 1970. Com o passar do tempo e, até recentemente, o solo do local começou a apresentar sinais de instabilidade. A mina deixou de ter atividade extrativa há cinco anos. A partir de 2017, a empresa iniciou processo de indenização aos moradores que, até hoje, soma R$ 1,7 bilhão de reais.

Nos últimos dias, 23 residências tiveram de ser desocupadas para evitar uma tragédia de grandes proporções. O solo começou a afunda e, de acordo com a Defesa Civil do Estado de Alagoas, já está 1,4 metro abaixo do nível normal. Além da remoção das famílias, que deixaram suas casas sem destino definido e à espera de providências por parte da empresa, há o risco de contaminação da Lagoa de Mundaú, que fica perto da localidade onde fica a mina desativada. Os danos ambientais sugerem ser inevitáveis. Uma nova intimação da ordem de R$ 1 bilhão de reais foi apresentada. Tanto prejuízo financeiro - sem desconsiderar os danos emocionais e patrimoniais das famílias removidas - tem afetado diretamente os resultados da companhia na bolsa. 

Dia a dia

A bolsa brasileira virou as atenções principalmente para Wall Street, para se livrar do pessimismo. No cenário externo, marcadamente os índices do mercado financeiro em Nova York, subiram após as declarações do chefão do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, Jérome Powell, mirarem uma inflação em 2,5% ao ano, já bem mais dirigidas para a meta do governo que é de 2,0% a.a. Soma-se a esses fato a visão cada vez mais firme entre os investidores, de que o ciclo de altas de juros por lá já terminou. E aos poucos começam a se difundir palpites sobre quando terão início os cortes nas taxas de referência.

Quer dizer, menor pressão sobre os juros por lá - e maior apetite pelo mercado variável - resultaram em Ibovespa em alta de 0,67% aos 128.185 pontos, a máxima do ano até agora. Não que o caso Braskem tenha saído do radar. 

Mercado financeiro

No câmbio, o dólar voltou a cair: 0,67% para ser cotado a R$ 4,88. Uma entrada de investimentos estrangeiros da ordem de R$ 18,4 bilhões até o dia 29 de novembro, ajudou a valorizar a moeda brasileira. 

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