Justiça
Justiça anula mandados de prisão contra acusados de integrarem facção
Um deles teve liberdade concedida. Criminosos atuam na Baixada Santista, litoral sul de São Paulo
Primeiro Impacto
• Atualizado em
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Uma denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) teve partes rejeitadas pela Justiça. Mandados de prisão contra acusados de integrarem uma das maiores facções criminosas do Brasil foram anulados.
A decisão beneficiou uma advogada, que usava o direito de visitar as penitenciárias para intermediar o contato entre traficantes.
Os alvos da operação de prisão, segundo os promotores, fazem parte da cúpula da maior facção criminosa do Brasil. O grupo comanda o tráfico de drogas em São Vicente, litoral sul paulista.
Entre os oito investigados, estão William Boa Ventura ("Bel"), Cleber Santos Costa, Talita da Silva Correia, Gustavo Jesus da Silva e a advogada Janaína Maria Rosa. O grupo teve mandado de prisão decretado em novembro de 2020 durante a operação Colorido. O nome é referência a Fernando Gonçalves, conhecido pelo apelido.
Ele é um dos líderes da facção e está preso na Penitenciária Federal de Porto Velho, capital de Rondônia. De acordo com Silvio Loubeh, promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Colorido mantinha o controle de pontos de tráfico mesmo preso.
"Bel" é quem recebia as ordens de Colorido, por pelo menos dois anos. As orientações chegavam por meio da ex-namorada do líder, a advogada Janaína Rosa. Ela visitava Colorido na cadeia como profissional, mas a promotoria crê que a função dela era coordenar a comunicação dos integrantes da facção.
Mensagens trocadas por Rosa e Bel foram descobertas pelo MP-SP. Ela também utilizaria contas bancárias próprias para receber pagamentos e repassar dinheiro para os traficantes.
Ainda com as provas, o juiz Rodrigo Barbosa Sales, da 3ª Vara Criminal de São Vicente, entendeu que o MP-SP não reuniu elementos suficientes para comprovar o envolvimento de alguns dos investigados pelos crimes de associação criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Sales também anulou 6 mandados de prisão que não haviam sido cumpridos. Um dos investigados, Cleber Santos Costa que estava preso, foi liberado.
Na operação realizada em novembro de 2020, a polícia encontro na casa de Costa cerca de R$ 97 mil reais, de origem desconhecida. A advogada Janaína Rosa também teve liberdade concedida, mas permanece presa preventivamente por ser investigada em outro processo, em São Paulo (SP).
O juiz também pediu para retirar da denúncia Talita Correia, mulher atual de Colorido. O filho dela, Gustavo Jesus da Silva, teve o processo arquivado. "Vejo uma decisão judicial descompromissada. Uma decisão que não se ateve à importância e à gravidade dos fatos criminosos que estão sendo deduzidos à Justiça", sentenciou Arthur Pinto Lemos, secretário de Práticas Criminais do Ministério Público paulista.
A decisão beneficiou uma advogada, que usava o direito de visitar as penitenciárias para intermediar o contato entre traficantes.
Os alvos da operação de prisão, segundo os promotores, fazem parte da cúpula da maior facção criminosa do Brasil. O grupo comanda o tráfico de drogas em São Vicente, litoral sul paulista.
Entre os oito investigados, estão William Boa Ventura ("Bel"), Cleber Santos Costa, Talita da Silva Correia, Gustavo Jesus da Silva e a advogada Janaína Maria Rosa. O grupo teve mandado de prisão decretado em novembro de 2020 durante a operação Colorido. O nome é referência a Fernando Gonçalves, conhecido pelo apelido.
Ele é um dos líderes da facção e está preso na Penitenciária Federal de Porto Velho, capital de Rondônia. De acordo com Silvio Loubeh, promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Colorido mantinha o controle de pontos de tráfico mesmo preso.
"Bel" é quem recebia as ordens de Colorido, por pelo menos dois anos. As orientações chegavam por meio da ex-namorada do líder, a advogada Janaína Rosa. Ela visitava Colorido na cadeia como profissional, mas a promotoria crê que a função dela era coordenar a comunicação dos integrantes da facção.
Mensagens trocadas por Rosa e Bel foram descobertas pelo MP-SP. Ela também utilizaria contas bancárias próprias para receber pagamentos e repassar dinheiro para os traficantes.
Ainda com as provas, o juiz Rodrigo Barbosa Sales, da 3ª Vara Criminal de São Vicente, entendeu que o MP-SP não reuniu elementos suficientes para comprovar o envolvimento de alguns dos investigados pelos crimes de associação criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Sales também anulou 6 mandados de prisão que não haviam sido cumpridos. Um dos investigados, Cleber Santos Costa que estava preso, foi liberado.
Na operação realizada em novembro de 2020, a polícia encontro na casa de Costa cerca de R$ 97 mil reais, de origem desconhecida. A advogada Janaína Rosa também teve liberdade concedida, mas permanece presa preventivamente por ser investigada em outro processo, em São Paulo (SP).
O juiz também pediu para retirar da denúncia Talita Correia, mulher atual de Colorido. O filho dela, Gustavo Jesus da Silva, teve o processo arquivado. "Vejo uma decisão judicial descompromissada. Uma decisão que não se ateve à importância e à gravidade dos fatos criminosos que estão sendo deduzidos à Justiça", sentenciou Arthur Pinto Lemos, secretário de Práticas Criminais do Ministério Público paulista.
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