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Argentina vive dias de terror e tem onda de saques em meio a campanha eleitoral

País registrou mais de 150 ataques nas últimas 24 horas; 96 pessoas foram presas

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A Argentina tem vivido dias de terror em meio a campanha para as eleições presidenciais, marcadas para o dia 22 de outubro. Uma onda de saques, que começou pelo interior no final de semana, chegou à periferia de Buenos Aires. Foram mais de 150 registros de ataques nas últimas 24 horas. Os episódios de roubos e vandalismo provocam medo numa população que empobrece a cada remarcação de preços.

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Numa tentativa acalmar os comerciantes, o governo da província de Buenos Aires anunciou a criação de uma divisão antisaques que unifica as forças de segurança. Os presos podem ser enquadrados no crime de "roubo em gangue", com penas de até 15 anos. Mesmo assim, muitas lojas preferiram não abrir nesta 4ª feira (23.ago). As que se arriscaram, preferiram deixar as portas prontas para serem fechadas. 

Só no município de Moreno, a 50 km da capital argentina, houve, pelo menos, 8 saques. Em um supermercado, saqueadores roubaram até geladeiras, destruíram o comércio, agrediram os donos e ainda incendiaram o local. Em uma loja de roupas na mesma cidade, cerca de 20 pessoas só precisaram de 50 segundos para levar boa parte do estoque e deixar um rastro de prejuízo e medo entre os comerciantes. Os lojistas têm dúvidas e medo de novos ataques e como prevenção, preferiram trabalhar de portas fechadas nesta 4ª feira (23.ago).

Para o governo argentino, trata-se de uma ação coordenada por meio das redes sociais, com o uso de perfis falsos. Uma das hipóteses é de que haja motivação política por trás dos ataques.

As cenas de caos desta semana remetem a dezembro de 2001, quando uma onda de saques levou o país a estado de sítio e à queda do então presidente Fernando de la Rúa.

Atualmente, a pobreza na Argentina atinge 42% da população e aumenta a cada remarcação de preços. Segundo os economistas, o mês de agosto pode ter inflação acima de 12%, e o ano pode fechar acima de 150%.

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