Publicidade
Mundo

Guiana rejeita anexação de Essequibo à Venezuela: "Não vamos permitir"

Nicolás Maduro promulgou nesta quinta (4) lei que cria uma província venezuelana na região que ocupa mais de dois terços do território vizinho

Imagem da noticia Guiana rejeita anexação de Essequibo à Venezuela: "Não vamos permitir"
Publicidade

A Guiana classificou como uma "violação flagrante do direito internacional" a decisão de Nicolás Maduro de promulgar a lei que cria uma província venezuelana em Essequibo, e afirmou que "não permitirá a anexação, apreensão ou ocupação de qualquer parte do seu território soberano".

""Se a Venezuela quiser contestar a titularidade do território em questão, o foro adequado é o Tribunal Internacional de Justiça, que decidirá a questão de forma objetiva e de acordo com a lei", afirmou o comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores da Guiana horas após a decisão de Maduro.

No X, antigo Twitter, o presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, chamou a decisão de "ato ilegal" e cobrou respeito aos princípios do direito internacional.

A região, que ocupa mais de dois terços do território da Guiana e é rica em minerais, é reivindicada pela Venezuela desde 1841. Mas voltou a ser motivo de tensão entre os países em 2023, depois que o governo de Maduro propôs anexar a região. A decisão foi anunciada após 95% da população venezuelana votar a favor do plano, em um referendo organizado pelo governo.

A ação foi criticada pela Guiana, sobretudo por Maduro ter apresentado um novo mapa da Venezuela, incluindo a região de Essequibo. Para evitar uma maior tensão na fronteira, os países decidiram debater o assunto oficialmente em uma reunião mediada pelo Brasil, pela Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), e acompanhado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O encontro ocorreu em dezembro e terminou com a assinatura da "Declaração Conjunta de Argyle para o Diálogo e a Paz entre Guiana e Venezuela”. No texto, a Venezuela concordou que qualquer controvérsia entre os Estados seria resolvida de acordo com o direito internacional .

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade