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Tecnologia

Uma a cada três crianças tem perfil aberto em redes sociais; entenda quais os riscos

Pesquisa revela que 75% dos jovens de 7 a 17 anos têm contas próprias em redes sociais sem privacidade, o que facilita crimes digitais

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Controle de uso das redes sociais por crianças
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Um em cada três perfis de crianças e adolescentes nas redes sociais é público. Essa é a conclusão de uma pesquisa realizada pela Unico, empresa especializada em identidade digital, em parceria com o Instituto de Pesquisas Locomotiva, divulgada nesta terça-feira (28), no Dia Internacional da Proteção de Dados.

Segundo a pesquisa, 75% dos jovens de 7 a 17 anos de idade possuem contas próprias em diferentes redes sem nenhuma privacidade. Destes, 47% dos jovens não controla seus seguidores nas redes sociais. Ou seja, adiciona qualquer pessoa que faça uma solicitação e, assim, interage com desconhecidos.

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A pesquisa, que entrevistou 2.006 responsáveis em todo o Brasil, foi realizada entre 9 e 24 de outubro de 2024 e apresenta margem de erro de 2,2 pontos percentuais. Sobre os hábitos de exposição, 61% dos menores compartilham fotos pessoais e de familiares, marcam localizações e identificam parentes nas plataformas.

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Além disso, 40% publicam fotos em lugares que frequentam, enquanto 33% chegam a postar imagens usando uniformes ou identificando a escola onde estudam. Apesar disso, 89% dos pais e mães acreditam estar preparados para proteger a privacidade dos filhos, embora 73% não saibam como evitar ações que podem levar a vazamentos de dados. Essas ações incluem:

  • Clicar em links ou abrir anexos de e-mails sem confirmar a procedência;
  • Utilizar computadores públicos ou compartilhados;
  • Utilizar redes públicas de wi-fi;
  • Utilizar as mesmas senhas em várias contas;
  • Baixar e instalar aplicativos de origem duvidosa no celular;
  • Não atualizar softwares e aplicativos com frequência;
  • Utilizar as informações dos cartões de crédito físicos em sites e aplicativos (ao invés de gerar cartões virtuais temporários);
  • Jogar documentos no lixo sem destruí-los.

Para Diana Troper, diretora de proteção de dados da Unico, essas informações pessoais em ambientes não controlados podem facilitar o cometimento de crimes e fraudes.

A especialista afirma que, segundo a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), esses dados disponibilizados em perfis abertos não deveriam ser coletados sem que haja autorização, mas nem sempre isso acontece.

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Entenda os riscos

A exploração comercial de dados pessoais de crianças e adolescentes no ambiente digital representa um risco grave tanto para eles quanto para suas famílias, de acordo com um relatório do Instituto Alana e do InternetLab.

Criminosos utilizam informações pessoais, como padrões de comportamento e dados biométricos, para criar modelos de negócios baseados na monetização de dados. Essa prática viola direitos fundamentais, como o direito à privacidade e à autodeterminação informacional, além de expor crianças a riscos como discriminação, manipulação comportamental e até abusos físicos e virtuais.

O marketing direcionado, baseado na coleta invasiva de dados, intensifica essa exploração. Segundo o relatório, crianças menores de 12 anos, por não compreenderem a natureza persuasiva da publicidade, tornam-se ainda mais vulneráveis. Estratégias de modulação comportamental, como designs persuasivos, podem prejudicar o desenvolvimento, a saúde mental e a liberdade de escolha dos menores.

Além disso, muitos termos de uso e políticas de privacidade são complexos e inacessíveis para crianças e suas famílias, dificultando a proteção de seus direitos. Por isso, é essencial que os responsáveis acompanhem e orientem as atividades digitais dos menores.

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