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Rio Grande do Sul lidera criação de cavalos Crioulos no Brasil

Raça símbolo do estado é referência em genética e deve movimentar, em leilões, R$ 120 milhões este ano

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Rio Grande do Sul tem maior rebanho de cavalo Crioulo do Brasil | Reprodução
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Dócil, forte e resistente, o cavalo Crioulo se destaca como um símbolo do Rio Grande do Sul. Com o maior rebanho da raça entre as regiões brasileiras, o estado mantém a tradição de ser o berço das primeiras criações e referência em genética para o campo.

O veterinário Ramon Cordellini Henz, proprietário da Cabanha Don Gonçalo, em Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari, começou sua criação em 2016, com apenas uma fêmea. Hoje, são oito animais. “Fomos aprimorando a qualidade dos exemplares e conquistando títulos, o que nos motivou a expandir a criação e tornar o negócio autossustentável”, explica Ramon.

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Atualmente, o cavalo Crioulo possui o segundo maior rebanho do país, com mais de 460 mil exemplares registrados, ficando atrás apenas da raça Quarto de Milha. Cada vez mais, criadores investem em animais com genética gaúcha, valorizados por sua capacidade de trabalho no campo. Alguns exemplares chegam a custar até R$ 2 milhões, como um dos mais premiados da criação de Ramon, que vive em um centro de reprodução equina.

Mercado milionário

As cifras envolvendo o cavalo Crioulo impressionam. Em 2024, as vendas em leilões podem ultrapassar R$ 120 milhões. Além disso, a raça é protagonista em 14 modalidades de competições esportivas, sendo o Freio de Ouro a mais tradicional. A prova reproduz as atividades do campo e exalta a inteligência e habilidade dos animais.

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De acordo com Cesar Augusto Rabassa Hax, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), o Freio de Ouro reflete o papel do cavalo no cotidiano das propriedades rurais. “Os movimentos testados nas provas são os mesmos realizados no campo: manejo de gado, mudanças de direção e velocidade, além da interação inteligente do animal com o rebanho”, explica.

Educação e tradição

Além do desempenho esportivo, o cavalo Crioulo também desempenha um papel educacional. Zeca Macedo, ginete profissional há 24 anos e cinco vezes campeão do Freio de Ouro, destaca que o contato com os cavalos ensina valores como respeito, limites e superação. “A maioria dos jovens que treinam não se tornará profissional, mas certamente serão pessoas melhores”, afirma.

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