Casos de Chikungunya crescem 30% em 2021
Número de pacientes infectados com Zika vírus e dengue diminuíram
SBT Brasil
Os casos de Chikungunya no Brasil aumentaram mais de 30% em 2021. Já os registros de Zika vírus e dengue, também transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, tiveram queda.
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Evellin Barroso Rezende teve as três doenças: Chikungunya, dengue e Zika. A professora de espanhol começou a sentir os sintomas da Chikungunya primeiro: muita febre, manchas na pele, e dores no corpo e nas articulações. "Eu fiquei mais ou menos duas semanas com os sintomas mais fortes e depois eu voltei ao pronto-socorro. Foi mais ou menos o período de um mês", conta.
Ao contrário da dengue e da Zika, que tiveram queda no Brasil, os casos de Chikungunya cresceram. Os sintomas aparecem entre dois e 12 dias após a picada do mosquito e são parecidos com os das outras duas doenças. Na dengue e Chikungunya, a febre é alta, já o infectado com Zika pode nem ter febre e as dores nas articulações são menos intensas. Manchas vermelhas e coceira também podem aparecer nos contaminados pelos três vírus.
A médica infectologista Ana Helena diz que muita gente fica vulnerável, principalmente agora no verão, devido à chuva. "Se a população não faz a sua parte de evitar entulho, evitar água parada, isso se torna um prato cheio para o mosquito. A Chikungunya, os surtos que a gente teve antes, foram em locais muito específicos e a gente tem agora uma grande população que não tem imunidade contra essa doença", pontua.
Mais de 94 mil brasileiros tiveram a doença no ano passado, uma média de 44 casos a cada 100 mil habitantes. A região nordeste foi a que mais apresentou ocorrências, com quase o triplo da média nacional. Em todo o país, 14 mortes causadas pela Chikunguniya foram confirmadas em 2021. O Ministério da Saúde informa que iniciou uma campanha de combate ao vírus em novembro e que novas medidas devem ser realizadas para diminuir o contágio e o número de mortes.