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Vítimas de ataque a ônibus em Piracicaba são enterradas

Autor do crime teve prisão preventiva decretada pela Justiça e vai responder ao processo na cadeia.

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autor das facadas em onibus sendo preso
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Foram enterrados, nesta 4ª feira (22.jun), os corpos das três pessoas esfaqueadas durante o ataque a um ônibus em Piracicaba, no interior de São Paulo.

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Três perdas que ninguém esperava, todas de forma cruel. Duas das vítimas foram veladas ao mesmo tempo, em um cemitério de Piracicaba. Roseli Ramalho Ferreira, de 55 anos, era casada e tinha dois filhos. Ela trabalhava no Sindicato dos Metalúrgicos da cidade.

"Ela tentou proteger uma pessoa também que estava no ônibus e acabou sendo atingida também. Ela estava do lado de um senhor, ela estava do lado e tentou proteger, e acabou sendo atingida também pelo assassino", disse Gerson Fernando Dias, cunhado da vítima.

Mãe de quatro filhos, Adriana Coelho da Silva tinha 42 anos, havia saído do trabalho e estava com a mãe. Elas iam pegar uma cesta básica. "Ela morreu pra salvar a vida da minha mãe", conta a irmã Gisele Cardoso.

A mãe, de 60 anos, também foi esfaqueada, passou por cirurgia e permanece internada em um hospital, onde também está um homem de 28 anos, em estado grave. Uma outra vítima teve ferimentos leves. A terceira pessoa que não resistiu aos ferimentos foi Valdemar da Silva Venâncio, de 68 anos.

O ataque foi pouco depois das 15h, na 3ª feira (21.jun). Imagens de câmeras de segurança da prefeitura de Piracicaba registraram o desespero dos passageiros ao deixar o ônibus.

Adriano Donizete, redobrador de meteais, conversou com o motorista assim que ele desceu do veículo. "Ele veio aqui, catou a mochilinha dele e saiu correndo, tava uma tremedeira e disse assim: se eu não abrisse a porta, ia morrer mais gente", conta.

José Antônio de Santana Filho, de 52 anos, foi preso em flagrante. Ele usou um facão para golpear os passageiros. Para a polícia, a impressão, no primeiro momento, era a de que o suspeito passava por um surto psicótico. Depois, a linha de investigação mudou.

"Cerca de quatro minutos a Polícia Militar já está no local, e ele se rende para os policiais militares, e uma pessoa em surto, na minha opinião, em primeiro momento, ela atacaria qualquer pessoa, e não é isso o que acontece, mas isso não impede que um profissional amanhã fale que foi um surto, mas a princípio eu entendo, e assim ele foi autuado, como uma pessoa de capacidade normal", afirma a delegada Juliana Ricci.

Na delegacia, o agressor preferiu manter o silêncio e não demonstrou arrependimento, segundo a polícia. Os investigadores já confirmaram que ele não faz nenhum tratamento psiquiátrico, pelo menos na rede pública de saúde de Piracicaba. Nesta 4ª feira, José Antônio teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e vai responder ao processo na cadeia.

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