62% dos homens só procuram médico quanto têm algum sintoma urgente
Levantamento do Instituto Lado a Lado pela Vida mostra que cuidados simples podem evitar doenças graves
Luciano Teixeira
Um estudo mostra que a maioria dos homens, no Brasil, só procura o médico quando é forçado ou quando sente muita dor. O relatório faz parte do movimento criador do "Novembro Azul", que reforça a importância dos exames preventivos.
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O Paulo confirma os dados apontados pelo estudo do Instituto Lado a Lado pela Vida sobre prevenção em saúde: seis em cada dez homens (62%) só procuram um médico quando apresentam sintomas urgentes. Na América Latina é ainda pior: o número sobe para sete em cada grupo de dez (73%).
A presidente do Instituto comenta que a maior parte das providências quem toma são as mulheres. "São elas que agendam consulta, são as mulheres que, às vezes, no consultório médico, chegam pro médico e dizem 'ó doutor, ele sente isso, mas ele não falou aqui pro senhor', diz " Marlene Oliveira, presidente do Instituto.
Doenças graves
O levantamento alerta para os casos de câncer, principalmente de próstata, uma das principais causas de morte entre a população masculina. De acordo com os especialistas, homens com histórico familiar devem monitorar a doença a partir dos 45 anos. " Os homens têm preconceito em relação ao exame da próstata. O exame da próstata, que é um toque retal, é um exame muito simples, rápido e indolor, e que traz muitos dados pra nós", avalia Roni de Carvalho Fernandes, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Urologia.
Sexo frágil
Outro dado alarmante, que preocupa as autoridades, são as doenças relacionadas ao órgão sexual masculino. São casos que poderiam ser evitados com a higienização preventiva e periódica, uma simples lavagem, por exemplo. Por causa da falta de cuidados básicos dos homens, são realizadas por ano mais de quinhentas (515) amputações de pênis.
O coração do homem também está na mira dos médicos. O Paulo toma remédios para combater a pressão alta e o colesterol. E, de tanto ter problemas, parece que aprendeu a lição. " Agora é sempre que possível fazer o exame e deixar de ser durão, deixar de ser ranzinza, deixar de ter o medo do médico e medo do hospital", admite ele.
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