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Brasil

"Grande desafio", diz especialista sobre segurança na posse de Lula

Temor é que avanço da radicalização resulte em novos atos terroristas no país

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Marcos Rolim, do Fórum Bras. de Segurança Pública, fala sobre terrorismo em Brasília | Reprodução
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As autoridades brasileiras terão um grande desafio para preparar o esquema de segurança na posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), programada para o dia 1º de janeiro. Segundo Marcos Rolim, integrante do Fórum Brasileiro de Segurança, o avanço da radicalização no país, bem como da reivindicação do resultado eleitoral, já está resultando em atos terroristas, o que pode colocar em risco os participantes do evento.

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Um exemplo do cenário é o atentado planejado contra o aeroporto internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, no último fim de semana. Na data, um homem foi preso após plantar uma bomba em um caminhão que transportava combustível perto do campo de aviação, além de uma série de armas de fogo. Em depoimento, o suspeito afirmou ter planejado o ato para provocar o caos e a decretação de estado de sítio. 

"Todos nós temos razões para ter algum receio com relação ao que possa acontecer no dia 1º e nos próximos dias. Esse efeito já é um efeito de práticas terroristas. Veja o que esse tipo de manifestação violenta pode causar no cotidiano de todos nós. Aquilo que deveria ser um ato de comemoração da democracia, de mudanças políticas, já carrega todo esse conjunto de temor e apreensão", avalia Rolim, em entrevista ao Agenda do Poder.

Para o especialista, além da posse, o novo governo deverá enfrentar desafios para equilibrar futuros protestos com a segurança nacional. Isso porque, com a atual ausência de repressão pela gestão nacional, os manifestantes, bem como os policiais, podem interpretar que os atos são aceitos pelas autoridades, como é o caso dos últimos protestos realizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). 

"As pessoas imaginam que liberdade de expressão é poder dizer o que elas bem entendem, mas não é verdade. Há limite para a liberdade de expressão. Há crimes praticados pela palavra", diz Rolim. "É evidente que uma declaração do atual presidente conclamando seus apoiadores a aceitar o resultado eleitoral desmontaria esse tipo de manifestação e diminuiria muito os riscos", completa.

Assista a entrevista completa:

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