Cai sigilo em lista de visitas a Michelle Bolsonaro
Sigilo de 100 anos imposto a registro de visitantes do Palácio do Alvorada foi revisto pelo GSI
Emanuelle Menezes
O sigilo de 100 anos imposto à lista de visitas a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, no Palácio da Alvorada, caiu. A liberação foi feita pelo Gabinete de Segurança Institucional, nesta 4ª feira (11.jan), que fez uma revisão do sigilo imposto pelo governo Bolsonaro (PL).
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Segundo o jornal Estadão, a lista conta com 565 registros de entrada na residência oficial da Presidência da República, feitos entre dezembro de 2021 e dezembro de 2022.
A informação sobre as visitas à Michelle Bolsonaro foi solicitada por um cidadão, ainda durante o governo Bolsonaro, via Lei de Acesso à Informação (LAI). O pedido havia sido negado na época, sob a justificativa de que era um dado pessoal protegido por 100 anos.
O Estadão solicitou, em dezembro de 2022, um novo pedido de acesso à lista de visitas a então primeira-dama. O requerimento foi analisado, ainda em 2022, mas foi negado sob alegação de conter dados reservados, protegidos por 5 anos. O jornal apresentou um recurso ao GSI e, agora em 2023, já na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o pedido foi atendido.
A liberação dos documentos pelo GSI não tem ligação com a revisão dos sigilos impostos no governo Bolsonaro, solicitada por Lula à Controladoria Geral da União (CGU) no primeiro dia de governo.
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, confirmou no Twitter a queda do sigilo de visitas à Michelle.
CAIU O PRIMEIRO SIGILO: Após revisão da CGU, por determinação de @LulaOficial, o primeiro sigilo de 100 anos determinado pelo governo anterior foi levantado. Trata-se de 565 registros de entrada na residência oficial e abrange o período de dezembro de 2021 a dezembro de 2022.
? Paulo Pimenta (@DeputadoFederal) January 11, 2023
Frequentadores do Alvorada
O Estadão publicou, ainda, um perfil das pessoas que mais visitaram Michelle no Alvorada. A visita mais frequente foi a da diretora de acessibilidade e apoio a pessoas com deficiência do Ministério da Educação, Nídia Limeira de Sá, que esteve na residência 51 vezes no período de um ano.
Outro frequentador assíduo do Palácio é o pastor Claudir Machado, da Igreja Atitude Brasília, que aparece 31 vezes na lista divulgada pelo GSI. O pastor se apresenta nas redes sociais como sendo de "direita e conservador" e parece bem próximo à ex-primeira-dama. Claudir, inclusive, publicou no Instagram uma foto em que está com Michelle em um jogo de futebol, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Aparecem na lista, ainda, a cabeleireira Juliene Cunha, com 24 entradas registradas ao longo de um ano, e a personal stylist Cynara Boechat, que aparece cinco vezes entre os visitantes de Michelle.
