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RJ: Polícia fecha clínica clandestina em comunidade evangélica de Magé

Pastores responsáveis pelo local foram presos suspeitos de manter internos em situação análoga à escravidão

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clínica clandestina no rio
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Colchões sujos e quartos com paredes encardidas. As péssimas condições de higiene também se repetia nas geladeiras, que armazenavam carne crua. No banheiro, o cenário era ainda pior. Em um canto do cômodo, fios soltos indicavam uma ligação clandestina de energia elétrica.

Localizada em uma comunidade evangélica em Magé, na Baixada Fluminense, a clínica não tinha alvará de funcionamento, nem profissionais de saúde. Dez pessoas foram resgatadas do local. Entre elas, idosos, dependentes químicos e portadores de doenças crônicas, que foram levados para um hospital da região.

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Os responsáveis pela clínica, os pastores Gilberto Cabral Leão e Cristiano Santos da Silva, foram presos em flagrante. As investigações começaram a partir de uma ligação para o disque-denúncia. De acordo com a polícia, os internos eram obrigados a trabalhar, e também estavam impedidos de entrar em contato com a família.

"Você retém os documentos dessa pessoa, você retém documentos relacionados ao auxílio de benefícios. Parece que o pastor ia junto com essas pessoas, ou até mesmo falsificava assinaturas, fatos esses que serão devidamente investigados ainda dentro do nosso inquérito policial. E essas pessoas argumentaram que elas não viam nenhum tipo de benefício. Algumas delas, sendo proibidas de ir e vir", relata o delegado João Luiz Garcia de Almeida e Costa.

A clínica foi interditada por tempo indeterminado pela Vigilância Sanitária. Apesar de todas as irregularidades, algumas pessoas saíram em defesa dos presos.

"Fui tratado bem. Aqui, eu consegui me levantar, porque eu era um ex-usuário de crack, morava na rua, vivia mendigando", afirma um ex-interno.

Os dois pastores vão responder por crimes de tortura, cárcere privado, trabalho escravo e furto de energia elétrica.
 

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