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Judeus sobreviventes do Holocausto falam sobre recomeço no Brasil

Nesta 6ª feira é celebrado o dia internacional em memória das vítimas do genocídio promovido pelo nazismo

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No Brasil, o dia em memória às vítimas do Holocausto, celebrado nesta 6ª feira (27.jan), foi marcado pelo sentimento de gratidão. A repórter Simone Queiroz conversou com judeus que sobreviveram ao nazismo e encontraram, na cidade de São Paulo, um lugar para construir um novo lar.

Foi o caso de Ala Szerman e Joshua Strul, sobreviventes do genocídio promovido durante a II Guerra Mundial. "Nunca vi um povo como esse... que recebe e também dá. Isso que São Paulo deu para mim: ser gente, ser alguém, não um papel jogado fora", agradece Szerman. "Jamais recebi qualquer humilhação por ser judeu", acrescenta Strul.

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Eles participaram da campanha "Obrigado Paulistanos", criada pelo historiador Marcio Pitliuk, que reverencia os laços entre São Paulo e o povo judeu.

"Muitos deles, ao voltarem para suas cidades natais, para suas casas, foram mal recebidos. Os vizinhos diziam: 'por que os nazistas não mataram vocês?'. Aqui não tiveram nenhum problema, puderam reconstruir suas vidas, criar seus filhos, trabalhar, viver em liberdades, professar a fé judaica", observa o escritor e curador do Memorial do Holocausto, Marcio Pitliuk.

Entre 1945 e 1950 cerca de 500 judeus chegaram ao Brasil; 90% deles permaneceram em São Paulo. Na mesma semana em que a cidade que os acolheu comemora 469 anos, judeus da capital e de todo o mundo lembram outra importante data: a da liberação, há exatamente 78 anos, do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, onde morreram cerca de 1 milhão de judeus. Ao todo, no intervalo de 12 anos, foram 6 milhões de vítimas da crueldade nazista nos países ocupados.

Idealizadora do Museu Judaico de São Paulo, Ruth Tarasantchi doou objetos pessoais para o acervo, e diz que sua luta é para que as novas gerações saibam o que aconteceu. "Com o tempo que vai passando, as pessoas não falam, esquecem, acham que é uma coisa secundária".

"Eu acho que esse é mais um motivo para gente lembrar que os extremos têm que ser combatidos, têm que ser eliminados, porque o ser humano é um só e tem que viver em paz", conclui o historiador Marcio Pitliuk.

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