Bonecos gigantes voltam a desfilar no carnaval de Olinda (PE)
Devido à polarização política no país, modelos de Lula e Jair Bolsonaro não farão parte do desfile
Waldson Balbino
Quando eles ganham as ladeiras de Olinda, em Pernambuco, não tem quem fique parado. Os bonecos gigantes já são marca registrada do carnaval da cidade, que é considerado patrimônio histórico. E, por trás de tanta criatividade, tem um trabalho duro que acontece ao logo de todo o ano.
Mas, uma diferença do próximo desfile será a falta de dois bonecos. Devido à polarização política, a reprodução do presidente Lula e a de Jair Bolsonaro não irão desfilar. Segundo a Embaixada de Bonecos Gigantes, eles serão substituídos por uma homenagem à Rainha Elizabeth II.
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O acervo da embaixada conta com cerca de 700 bonecos. Na sede, tem pelo 70 modelos, que incluem famosos políticos e outras figuras públicas. Todos produzidos com muito cuidado.
"Da modelagem, a gente faz a forma, e eles são finalizados em fibra de vidro. Um boneco desses pesa em torno de 18 quilos. Um rapaz aguenta 40 minutos a uma hora pulando frevo com a estrutura na cabeça", explica o produtor dos Bonecos Gigantes de Olinda, Leandro Castro.
Silvio Botelho, o criador dos bonecos, conta que já são quase 50 anos pensando e produzindo centenas desses personagens. "De 1975, que foi o primeiro carnaval que esse boneco apareceu, o terceiro de Olinda, até o dia de hoje, 1300 e alguma coisa de bonecos gigantes", conta o carnavalesco e artista plástico.
Josenildo é um dos artistas responsáveis pela produção. Ele já está há 34 anos dando vida aos bonecos."É muita emoção, vê uma arte assim, saindo assim, e as pessoas gostando, conhecendo. Todos eles são bem chegados no meu coração, gosto de todos eles, não tem preferência não", afirma o produtor de bonecos.
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