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"Coração teve um pedaço arrancado", diz mãe de Marielle em julgamento de Lessa e Queiroz

Mãe da vereadora foi testemunha indicada pela acusação, que pediu para que ela contasse o lado de mãe sobre a morte da filha

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Marinete, mãe de Marielle, é interrogada por promotor no Tribunal do Júri do Rio | Felipe Cavalcanti/TJRJ
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A segunda testemunha ouvida no julgamento de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, assassinos confessos de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, foi Marinete Silva, a mãe da parlamentar executada. A primeira e depor foi a assessora de imprensa Fernanda Chaves, que estava dentro do carro alvo dos disparos e foi a única sobrevivente do crime.

Indicada pela acusação, o promotor de Justiça pediu para que Marinete contasse o lado de uma mãe que perdeu a filha e quem era a Marielle fora da política.

Em depoimento, ela disse que "a maior dor é conviver com a falta da filha que podia estar aqui".

"A falta que minha filha faz é imensurável. Falar como minha filha faz falta não tem como definir. A maior dor é conviver com a falta da filha que podia estar aqui [...] É uma dor, uma falta, é um coração que teve um pedaço arrancado covardemente naquele 14 de março de 2018", contou Marinete.

Além disso, os jurados questionaram os últimos momentos dela com a filha. A mãe disse que o último dia que viu Marielle parece que foi "designado por Deus".

"É uma lembrança que eu tenho que me pergunto: como Deus foi tão bom com todo mundo? Foi para dizer o quanto isso foi significativo sem saber como seria o dia de amanhã. Menos de 24 horas depois, foi como a gente tivesse um pássaro na mão, que foi embora ao saber a morte da minha filha no dia seguinte".
Marinete Silva, mãe de Marielle Franco, durante discurso | Reprodução/redes sociais
Marinete Silva, mãe de Marielle Franco, durante discurso | Reprodução/redes sociais

Lessa e Queiroz

Os assassinos confessos estão presos desde março de 2019 e serão ouvidos pelo júri popular e pelo juiz por videoconferência. Lessa está na Penitenciária de Tremembé, interior de São Paulo, enquanto Queiroz está no Centro de Inclusão e Reabilitação, em Brasília.

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