Publicidade
Brasil

Caso Gritzbach: olheiro que ajudou na execução teve apoio fora de São Paulo, diz polícia

Suspeito foragido foi visto no Rio de Janeiro; namorada está presa

Imagem da noticia Caso Gritzbach: olheiro que ajudou na execução teve apoio fora de São Paulo, diz polícia
Kauê do Amaral Coelho é considerado foragido | Divulgação/SSP-SP
Publicidade

A Polícia Civil de São Paulo identificou que Kauê do Amaral Coelho, de 29 anos, olheiro que ajudou na ação que assassinou o delator do PCC Vinicius Gritzbach, está recebendo "apoio" fora do estado de São Paulo. Segundo a diretora do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa), Ivalda Aleixo, há imagens do suspeito circulando pela Vila Cruzeiro, comunidade no Rio de Janeiro. A namorada de Kauê, Jaqueline Moreira, foi presa nesta quinta-feira (16).

+Veja o que se sabe sobre o assassinato de empresário no aeroporto de Guarulhos

Questionada sobre possível ligação desse apoio com facções criminosas do Rio de Janeiro, a delegada disse apenas que a investigação esclarecerá o caso. A Polícia de São Paulo constatou que Kauê já tinha contato com pessoas da comunidade carioca antes do crime. A Secretaria de Segurança Pública oferece recompensa de R$ 50 mil por informações que levem ao criminoso, ainda foragido.

Kauê teria sido o olheiro da execução de Gritzbach. Segundo a polícia, ele foi responsável por monitorar o momento em que o delator do PCC chegaria de viagem no aeroporto de Guarulhos. Depois de informar sobre a chegada do empresário no saguão de desembarque, um carro preto se aproximou e dois homens, armados com fuzis, dispararam diversas vezes contra o alvo da ação.

Celso Araújo Sampaio de Novais, motorista de aplicativo, de 41 anos, foi alvejado nas costas após os tiros disparados e foi levado para o Hospital Geral de Guarulhos, onde passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos. Ele não tinha nenhuma relação com os envolvidos.

Depois do crime, Kauê encontrou a namorada em Itaquera, zona leste de São Paulo. Segundo a polícia, além de ajudar na fuga, a mulher era responsável pela organização e distribuição de drogas que seriam traficadas pelo olheiro. Outras pessoas também estão presas sob suspeita de auxiliar o criminoso a sair do estado.

+Polícia prende suspeito de ajudar na fuga de criminoso após assassinato de delator do PCC

Mandante do crime

A Polícia Civil de São Paulo trabalha com a hipótese de que o mandante do crime seja integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital). O motivo seria a insatisfação com golpes envolvendo criptomoedas, atribuídos a Vinicius Gritzbach contra membros da facção, e também a delação premiada em que ele teria revelado informações sobre a lavagem de dinheiro do grupo.

A polícia informou que o principal foco da investigação agora é identificar quem ordenou a execução do delator. Também nesta quinta-feira, 14 policiais foram presos sob suspeita de participação na escolta ilegal de Gritzbach.

De acordo com apuração do SBT News, um dos suspeitos de ser o atirador que matou Gritzbach é o cabo Denis Antônio Martins. No entanto, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) não confirmou essa informação. Segundo o secretário, Denis foi preso por um crime previsto no Código Militar (organização de militares para praticar violência) e não pela execução do delator, que segue sob investigação.

O corregedor da Polícia Militar, coronel Fábio Amaral, revelou que, durante o inquérito sobre os policiais envolvidos na escolta de Gritzbach, a Corregedoria recebeu uma denúncia indicando a possível participação de um policial militar nos disparos.

Ferramentas de inteligência, como a quebra de sigilo telefônico e análise de sinais de antenas, confirmaram que Denis estava no Aeroporto de Guarulhos no dia do crime. O suspeito foi identificado por reconhecimento facial, com base em fotos dele comparadas a imagens captadas durante a fuga dos criminosos.

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade