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Superlotação e fios expostos são riscos de incêndio em prédios do centro de SP

Especialistas apontam sobrecarga elétrica como uma das principais causas de incêndios recentes nas regiões do Brás e 25 de Março

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Fiação irregular em prédio do Centro de São Paulo | Reprodução
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Quem circula pelas movimentadas regiões do Brás e da 25 de Março, no centro de São Paulo, frequentemente se depara com imóveis em condições precárias. Prédios antigos, superlotados e com instalações elétricas comprometidas tornam-se cenários propícios para incêndios, que são frequentes nesses locais.

A equipe do SBT Brasil acompanhou flagrantes de risco: corredores estreitos com boxes muito próximos uns aos outros, fios expostos e caixas de papelão acumuladas, que fariam com que eventuais chamas se alastrassem rapidamente.

Juliano Martinez, bombeiro civil, analisou os vídeos gravados e apontou as irregularidades. “A rota de fuga precisa ter ao menos 1,20 m de largura, aqui não há garantia de que as pessoas consigam sair em segurança em caso de emergência”, explicou.

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40% dos incêndios em áreas urbanas no Brasil ocorrem por irregularidades elétricas, segundo o Sindicel do estado de São Paulo. Roberto Racanicchi, engenheiro e coordenador adjunto do Colégio das Instituições de Ensino Superior (CIES) do Crea-SP, destaca que muitas construções não foram projetadas para comportar o grande fluxo de pessoas e as cargas elétricas de tantos boxes, aumentando os riscos de sobrecarga e incêndios.

Em novembro, um shopping no Brás foi destruído pelo fogo, enquanto na semana passada outro incêndio atingiu um prédio na região da 25 de Março, evidenciando os perigos.

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As subprefeituras têm intensificado a fiscalização: no último mês, 18 shoppings foram vistoriados no Brás, resultando em oito multas que somaram quase R$ 40 milhões. Enquanto isso, consumidores relatam medo ao frequentar essas regiões comerciais, especialmente nesta época do ano, quando o movimento aumenta devido às festas de fim de ano.

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