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Congresso

CPI da Covid: foco agora é parar com remédios alternativos, diz Aziz

Ao SBT, presidente da comissão diz que senadores devem buscar elementos para evitar receitas do "kit covid"

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Omar Aziz
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 O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), disse, em entrevista ao jornalismo do SBT, que o foco do colegiado neste momento são as vacinas e a interrupção da prescrição de remédios sem eficácia contra o novo coronavírus.

 "Primeiro nós estamos focados especificamente na vacina e nesses remédios alternativos que não funcionam para que a gente pare. Aqui mesmo, em São Paulo, qualquer lugar do Brasil, se você for em uma Unidade Básica de Saúde tem médico receitando cloroquina e não está comprovado se ela é boa ou não. Então isso aí a gente tem que evitar", afirmou Aziz.

Assista à entrevista:

O senador ainda comentou a convocação do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo -- cujo depoimento está marcado para 18 de maio. Reportagem desta 2ª feira (10.mai) do jornal Folha de S.Paulo revelou que o então chanceler agiu para garantir o fornecimento de cloroquina ao Brasil.

"Ouvimos os ex-ministros, esta semana vamos ouvir (o presidente da) Anvisa, vou ouvir o Fábio Wajngarten (ex-secretário especial de Comunicação da Presidência), vamos ouvir a Pfizer, na próxima semana nós ouviremos o ministro Ernesto, que era a pessoa encarregada de fazer os contatos mundiais para a aquisição de vacinas, e hoje nós sabemos que ele estava atrás era de cloroquina", pontuou.

Queiroga, Abin e governadores

Ainda na entrevista, Aziz reiterou que o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, deve voltar a ser ouvido na comissão. "Ele ainda vai ter que dar explicações pra gente, porque, na última vez que ele esteve lá, tangenciou muito, fugiu muito das respostas, sempre alegando que está há pouco tempo. Não conseguiu dizer qual era o planejamnto do Ministério. Eu espero que da próxima vez ele consiga dizer."

O presidente do colegiado avaliou, contudo, que ainda não é o momento de convocar pessoas ligadas à Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Na semana passada, a agência divulgou nota em que defende sua competência para apurar dados sobre supostos desvios de recursos destinados à pandemia por parte de governadores e prefeitos. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tinha o desejo de que a CPI investigasse gestores locais. "Não creio que vai chegar na Abin e não creio que alguém vai usar o setor de inteligência e a Polícia Federal para se vingar e tumultuar", avaliou Aziz.

Por fim, o presidente da comissão destacou que "quem quer que seja, governador ou prefeito, agente público que tenha que ser convocado vai ser convocado pela CPI".

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