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Economia

Copom mantém ritmo de alta na Selic e taxa básica de juros sobe para 13,25%

Decisão desta quarta-feira (29) marca a primeira reunião de Gabriel Galípolo na presidência do Banco Central. Nos EUA, Fed manteve os juros estáveis

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil determinou, nesta quarta-feira (29), o aumento da taxa Selic em 1 ponto percentual, saltando de 12,25% para 13,25% ao ano. A decisão foi a primeira com Gabriel Galípolo à frente da autoridade monetária e de outros três diretores que também foram indicados pelo governo Lula. Roberto Campos Neto, indicado por Jair Bolsonaro, encerrou seu mandato em dezembro do ano passado. A "Super Quarta-Feira" também é marcada pela decisão do Fed (Federal Reserve), Banco Central dos Estados Unidos, sobre o futuro das taxas de juros no país.

+ Copom decide se eleva Selic a 13,25% após 1ª reunião sob comando de Galípolo

O Copom manteve a perspectiva de aumento da taxa básica de juros brasileira. Na última reunião, a alta foi de 1 ponto percentual e, na anterior, de 0,5 ponto. Na última ata, o Comitê havia previsto dois novos aumentos de 1 ponto percentual, com a Selic chegando a 14,25% ao ano em março, valor mais alto desde agosto de 2016. A decisão também vai ao encontro com as expectativas do mercado, mas de forma menos agressiva. Segundo o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central na última segunda-feira (27), a projeção é que a taxa Selic chegue a 15% ao ano.

O aumento da taxa Selic é uma resposta à inflação ainda em alta, sobretudo por conta do aquecimento do mercado de trabalho, com o menor índice de desemprego da série histórica, e das incertezas quanto à responsabilidade fiscal do governo federal. O Orçamento de 2025 ainda não foi aprovado no Congresso.

Nesta quarta-feira, o Copom informou que, "diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião".

O comunicado segue informando que, "para além da próxima reunião, o Comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos."

A chegada de Galípolo à presidência do BC gerou especulações sobre uma mudança na política monetária – uma vez que o governo Lula defende uma redução da taxa –, mas o economista já havia sinalizado "juros mais altos por mais tempo".

Fim do ciclo de queda dos juros nos EUA?

Por sua vez, o Federal Reserve manteve as taxas de juros dos Estados Unidos (EUA) entre 4.25% e 4.5%, interrompendo a sequência de três quedas consecutivas nos juros do país em 2024,. A decisão tomada nesta Super Quarta já era esperada pelo mercado, que aguarda as novas políticas de Donald Trump que podem aumentar a inflação nos EUA.

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