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Economia

Um dia após alta, Lula se reúne com Haddad e faz apelo para medidas fiscais não perderem força

Presidente e ministro da Fazenda se reuniram em São Paulo

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Haddad e Lula em evento
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tratar do pacote de corte de gastos enviado pelo governo ao Congresso Nacional. Durante o encontro desta segunda-feira (16), um dia após receber alta, Lula pediu ao chefe da equipe econômica para não deixar "desidratar" as medidas fiscais.

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"Apelo que ele está fazendo e é que as medidas não sejam desidratadas. Nós estamos aí. Um conjunto de medidas que garantem a robustez do arcabouço fiscal. Eu estou muito convencido de que vamos continuar cumprindo as metas fiscais nos próximos anos", disse o ministro da Fazenda em entrevista coletiva após a reunião com o presidente da República.

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Segundo Haddad, o encontrou foi "necessário" para atualizar o presidente do atual quadro das articulações em torno do pacote de corte de gastos e também sobre as alterações feitas no arcabouço fiscal, votado pelo Senado na semana passada. O ministro também falou sobre a recuperação de Lula.

"Eu tive um despacho relativamente longo do ex-presidente, mas ele está muito bem disposto. Muito bom despacho, absolutamente tranquilo, falando sobre vários assuntos. Expus pra ele a situação da reforma tributária, o estado da arte, o que está para ser decidido pela Câmara, agora em caráter definitivo. Também tratamos das questões das medidas fiscais", disse.

Ainda de acordo com o ministro, o presidente pediu um quadro detalhado da situação e manifestou preocupação com a retirada de armas e bebidas açucaradas do rol chamado de "imposto do pecado", que deixará mais caros produtos considerados prejudiciais à sociedade.

Na semana passada, o presidente precisou passar por dois procedimentos. Uma cirurgia de emergência, na madrugada de terça-feira (10), para drenar um hematoma na parte de trás da cabeça. O segundo procedimento, na quinta-feira (12), para evitar novos sangramentos internos.

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O caso é uma complicação de um acidente doméstico sofrido pelo presidente em outubro, quando caiu no banheiro de casa e acabou batendo a cabeça. Ele precisou levar cinco pontos.

Situação fiscal

Ao defender a situação fiscal do país, Haddad afirmou que o governo não está com superávit pois não conseguiu acabar ou reduzir o impacto financeiro causado pela desoneração da folha de pagamentos a 17 setores da economia.

"Se não fosse o contratempo que tivemos com o Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) e com a desoneração da folha, nós teríamos já nesse primeiro ano de orçamento do governo Lula um superávit primário, em função desses R$ 45 bilhões, mas, enfim, faz parte de democracia pelo veto que foi derrubado", disse o ministro. Com as duas medidas, o governo subsidiou cerca de R$ 45 bilhões aos dois setores.

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