Vila Olímpica abre portas para as primeiras delegações que vão disputar os jogos
Equipe de ginástica artística do Brasil foi a primeira a se instalar nos prédios
João Venturi
A oito dias para a abertura dos jogos, a Vila Olímpica abriu as portas nesta quinta-feira (18) para receber as delegações.
As sacadas coloridas com bandeiras orgulhosamente exibidas sinalizam a presença dos primeiros atletas na Vila Olímpica, como a equipe de ginástica artística do Brasil, a primeira a se instalar nos prédios.
A modalidade é uma das maiores esperanças de medalha para o país, principalmente com Rebeca Andrade, que foi ouro e prata nos jogos de Tóquio, em 2021. As disputas para elas começam cedo, um dia após a cerimônia de abertura.
A Vila Olímpica vai receber mais de 14 mil pessoas durante os jogos. O espaço conta com academia, campos de treinamento e está empenhado em cumprir os desafios ambientais.
O restaurante, aberto 24 horas, vai funcionar sem ar-condicionado, diminuindo a emissão de carbono. A medida gerou questionamento de algumas delegações, mas não teve jeito. A circulação de ar será pelas grandes janelas, por ventiladores, além das mais de oito mil árvores plantadas, que também vão ajudar com a sombra. Até o carrinho elétrico roda sem poluir.
"A infraestrutura antipoluição foi pensada para se adaptar às condições da cidade em 2050", disse o diretor da vila, Laurent Michaud.
Depois dos jogos, a Vila Olímpica vai se transformar em área residencial, com comércio e escolas, uma necessidade encontrada para desenvolver a região. A previsão é que seis mil pessoas passem a morar aqui, depois dos jogos.
Outro grupo brasileiro que já desembarcou na França foi o da seleção feminina de futebol. Em busca do título inédito, elas entram em campo contra a Nigéria em Bordeaux, na próxima quinta-feira. Será a estreia do Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris.