Mourão diz que é precipitado apresentar uma data agora para a vacinação

Ao chegar ao Palácio do Planalto nesta segunda-feira (14.dez), o vice-presidente Hamilton Mourão, disse que é precipitado apresentar uma data para a vacinação nacional no país. Segundo ele, a questão está polarizada e as principais agências certificadoras do mundo ainda não deram aval a nenhum vacina, "só autorizações emergenciais", afirmou. "Eu tenho que colocar a vacina em todo território nacional, não é só a vacina, tenho que colocar seringa. Eu tenho que ter pessoal especializado distribuído bonitinho em todo território. Então na minha visão tem um dia D".

Sem determinar uma data precisa, o vice complementou sua visão do plano de vacinação, que ele chamou de dia D " Quando você  tiver condições pra tudo isso.. dia D vai ser dia 10 de março. Vamos dizer assim. A partir daí tem que ter que prazos pra frente. D mais 10 eu tenho que ter tantas pessoas vacinadas, em D mais 30, em D mais 60", concluiu.

Sobre a vacina em produção no Instituto Butantan em São Paulo, Mourão questionou a venda do imunizante, ""Quem comprou a CoronaVac? Nenhum país comprou".

O vice-presidente disse ainda que tomará qualquer vacina aprovada pela Anvisa e que está ansioso pela vacinação, que na opinião dele, deve levar um ano para imunizar todos os brasileiros. 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, deu 48 horas para o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, definir a data de início e término do Plano Nacional de Vacinação contra Covid-19. A determinação foi feita neste domingo (13 dez), um dia após o Advocacia-Geral da União (AGU) enviar o documento à Corte sem um cronograma. 

Também no final de semana, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, gravou vídeo sobre ser "irresponsável" especificar a data de início da vacinação contra a Covid-19.