Governo
Preocupação com Amazônia é generalizada, não é guerra comercial
Afirmação é do embaixador da UE no Brasil, Ignacio Ybáñez
SBT News
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O embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez, afirmou que o governo Bolsonaro precisa transformar em números os compromissos políticos assumidos para a preservação da Amazônia, caso contrário, o acordo UE/Mercosul pode não ser efetivado. Disse que a pressão sobre o acordo não é guerra comercial, mas reflete a desconfiança de diversos setores diante do aumento do desmatamento no país e mostra uma preocupação generalizada.
"Com o que aconteceu no ano passado e neste ano na Amazônia, criou-se um clima de desconfiança, mas que não é somente na Europa. Você pode acompanhar como as empresas brasileiras estão falando de sustentabilidade. Eu falo com muitos brasileiros da sociedade civil, de partidos políticos, do governo e a preocupação sobre o que está acontecendo na Amazônia é generalizada", avaliou, em entrevista ao Poder em Foco, no SBT.
A área desmatada na Amazônia subiu 9,5% no período de agosto de 2019 a julho de 2020 em comparação aos 12 meses anteriores, segundo dados do Instituto Nacional de Espaciais (Inpe) divulgados no final de novembro. No total, foram 11.088 km² devastados. Na temporada anterior, eram 10.129 km².
Ybáñez acredita na intenção do governo Bolsonaro em reduzir os crimes ambientais e considerou que há sinalizações positivas. No final de novembro, o vice-presidente Hamilton Mourão, coordenador do Conselho da Amazônia, levou um grupo de embaixadores e ministros à Região Amazônica.
"Ele reconheceu o desafio do estado e a vontade de contar com a cooperação internacional, justamente para responder a essas estatísticas. É uma mensagem muito clara de que há um compromisso político e isso é uma notícia muito positiva. Mas todo compromisso político tem que se traduzir em fatos, em resultados", alertou.
Sobre adoção de ações concretas Ybáñez sugeriu, por exemplo, o fortalecimento de órgãos como o Ibama e o ICMbio.
Na entrevista concedida às jornalistas Roseann Kennedy, âncora do Poder em Foco, e Rossana Hessel, do jornal Correio Braziliense, o embaixador da União Europeia também fala da segunda onda de no continente, ressalta o esforço dos cientistas para que o mundo inteiro tenha acesso à vacina contra o vírus e critica a politização do tema. "É importante deixar a ciência fazer o seu trabalho. Os políticos não têm que participar", opinou.
O embaixador ressaltou que a Europa ampliou o financiamento e a cooperação internacional nas pesquisas para a produção de vacinas. "Essa vacina deve ser um bem público, que possa ser usada em todos os países desenvolvidos, em desenvolvimento, para as pessoas com mais recursos econômicos, as pessoas com menos recursos econômicos. Então essa ideia do uso generalizado da vacina vai ser o nosso desafio coletivo", concluiu.
Ybáñez destacou o pacote econômico que está sendo preparado para mitigar o impacto da pandemia nos 27 estados-membros do bloco e contou que, pela primeira vez, em 2021, a União Europeia vai pedir apoio a instituições financeiras.
"Com o que aconteceu no ano passado e neste ano na Amazônia, criou-se um clima de desconfiança, mas que não é somente na Europa. Você pode acompanhar como as empresas brasileiras estão falando de sustentabilidade. Eu falo com muitos brasileiros da sociedade civil, de partidos políticos, do governo e a preocupação sobre o que está acontecendo na Amazônia é generalizada", avaliou, em entrevista ao Poder em Foco, no SBT.
A área desmatada na Amazônia subiu 9,5% no período de agosto de 2019 a julho de 2020 em comparação aos 12 meses anteriores, segundo dados do Instituto Nacional de Espaciais (Inpe) divulgados no final de novembro. No total, foram 11.088 km² devastados. Na temporada anterior, eram 10.129 km².
Ybáñez acredita na intenção do governo Bolsonaro em reduzir os crimes ambientais e considerou que há sinalizações positivas. No final de novembro, o vice-presidente Hamilton Mourão, coordenador do Conselho da Amazônia, levou um grupo de embaixadores e ministros à Região Amazônica.
"Ele reconheceu o desafio do estado e a vontade de contar com a cooperação internacional, justamente para responder a essas estatísticas. É uma mensagem muito clara de que há um compromisso político e isso é uma notícia muito positiva. Mas todo compromisso político tem que se traduzir em fatos, em resultados", alertou.
Sobre adoção de ações concretas Ybáñez sugeriu, por exemplo, o fortalecimento de órgãos como o Ibama e o ICMbio.
COVID 19
Na entrevista concedida às jornalistas Roseann Kennedy, âncora do Poder em Foco, e Rossana Hessel, do jornal Correio Braziliense, o embaixador da União Europeia também fala da segunda onda de no continente, ressalta o esforço dos cientistas para que o mundo inteiro tenha acesso à vacina contra o vírus e critica a politização do tema. "É importante deixar a ciência fazer o seu trabalho. Os políticos não têm que participar", opinou.
O embaixador ressaltou que a Europa ampliou o financiamento e a cooperação internacional nas pesquisas para a produção de vacinas. "Essa vacina deve ser um bem público, que possa ser usada em todos os países desenvolvidos, em desenvolvimento, para as pessoas com mais recursos econômicos, as pessoas com menos recursos econômicos. Então essa ideia do uso generalizado da vacina vai ser o nosso desafio coletivo", concluiu.
Ybáñez destacou o pacote econômico que está sendo preparado para mitigar o impacto da pandemia nos 27 estados-membros do bloco e contou que, pela primeira vez, em 2021, a União Europeia vai pedir apoio a instituições financeiras.
Assista a entrevista completa do Poder em Foco:
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