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Justiça

Vereador Sandro Fantinel é indiciado por racismo após ofensas contra baianos

A pena do parlamentar pode chegar a cinco anos de prisão

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sandro fantinel
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O vereador de Caxias do Sul, Sandro Fantinel, foi indiciado por racismo. Ele ofendeu os trabalhadores baianos resgatados em condição de trabalho escravo em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. A pena do parlamentar pode chegar a cinco anos de prisão.

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Em menos de duas semanas, a polícia concluiu o inquérito. A investigação reuniu provas de que Sandro Fantinel praticou o crime de racismo, agravado pela transmissão das falas pela internet.

"Atualmente o crime de racismo passa a punir aquelas condutas que discriminam as pessoas em razão da procedência nacional, ou seja, a região do país da qual ela é originária ou que ela vem", afirma o delegado Rafael Keller.

No dia 28 de fevereiro, o vereador fez um discurso com ofensas aos trabalhadores baianos na Câmara de Caxias do Sul. Ele sugeriu que os produtores rurais contratassem apenas argentinos.

"Agora com os baianos, que a única cultura que eles têm é viver na praia tocando tambor, era normal que se fosse ter esse tipo de problema. Deixe de lado aquele povo que é acostumado com carnaval e festa pra vocês não se incomodarem novamente", afirmou o vereador.

Sandro Fantinel foi expulso do partido Patriota. Dois dias depois, gravou um pedido de desculpas: "em um momento de lapso mental proferi palavras que não representam o que eu sinto pelo povo da Bahia".

Além da investigação policial, o vereador é alvo de duas ações indenizatórias. O Ministério Público do Rio Grande do Sul pede R$ 300 mil, e quatro organizações não governamentais exigem o pagamento de R$ 1 milhão por danos morais coletivos. O parlamentar enfrenta, ainda, um processo de cassação na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul.

"O parlamentar não cometeu nenhum ato de improbidade administrativa, e justamente nisso que consiste o excesso da acusação contra ele", afirma Vinícius de Figueiredo, advogado do vereado.

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