Policial entrou em CTI onde menina baleada em abordagem está internada, diz MPF
Presença de um PRF à paisana não se justifica no local e causa preocupação a investigadores
Fabiana Lima
O Ministério Público Federal (MPF) informou que um policial rodoviário federal à paisana entrou no Centro de Terapia Intensiva (CTI) onde Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, está internada, sem autorização da segurança do hospital. O estado de saúde da menina é grave.
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Representantes do MPF estiveram no do Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, para iniciar as investigações sobre o caso da menina baleada dentro do carro do pai durante abordagem da PRF no Arco Metropolitano.
No primeiro depoimento dos envolvidos na Polícia Civil, o agente Fabiano Menacho Ferreira admitiu ter feito os disparos de fuzil que atingiram a menina. Já a presença de um policial à paisana não se justifica no CTI do hospital e causa preocupação aos investigadores do MPF, que pediram reforço da segurança no perímetro do hospital.
Fabiano Menacho disse que fez os disparos porque a situação o fez supor que ele tinha escutado um tiro que teria partido do veículo da família de Heloísa. Os outros agentes, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva confirmaram a versão do colega.
Desde o primeiro momento, a família disse que o tiro partiu de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal. Heloísa foi atingida por duas balas de fuzil: uma que entrou pelas costas, passou pela coluna e deixou fragmentos na cabeça, e outra está alojada no ombro direito da menina.
A Polícia Civil confirmou que o carro em que a família estava foi roubado no dia 20 de agosto do ano passado, em Petrópolis, e abriu uma investigação. Os envolvidos na negociação do veículo já prestaram depoimento.
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