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Épico, "Duna" pode ser o filme com mais premiações no Oscar

Filme promete levar estatuetas, principalmente, nas categorias técnicas

Imagem da noticia Épico, "Duna" pode ser o filme com mais premiações no Oscar
Zendaya e Timothée Chalamet em cena de Duna
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Hollywood -- O grandioso Duna transpassa a barreira de filme e se torna uma experiência cinematográfica fantástica, daquelas que nos transportam para outra dimensão durante as duas horas e meia de show. Sim, é um show. Hipnotizante, pede a maior tela possível para ser degustado e assim entregar ao espectador toda a ambição e técnicas de cooperação disponibilizadas nesta ficção científica distópica e futurística que concorre ao Oscar em 10 categorias.

Se o Oscar fosse 'apenas' uma premiação para celebrar esta arte colaborativa, a quebra de limites, o deleite visual proporcionado pela tela grande e a composição disso tudo, Duna sairia vencedor. Fotografia, efeitos visuais, figurino, som, trilha sonora, edição trazem essa harmonia e deslumbre. Mas, o enredo por si só não é daqueles que têm emocionado, ultimamente, na hora da votação os membros da Academia. Por isso, a expectativa é que a grande produção, dirigida pelo cineasta franco-canadense Denis Villeneuve leve vantagem apenas nas categorias mais técnicas e assim pode ser, inclusive, o vencedor na quantidade de estatuetas.

Divulgação/Warner

Mais uma adaptação

Duna foi baseado no primeiro livro da saga de Frank Herbert, escrito em 1965 e reconhecido como uma das obras mais influentes da ficção científica e fantasia, tendo inspirado boa parte do que consumimos hoje no gênero, incluindo Star Wars.

Em 1984 David Lynch já havia feito uma adaptação de Duna, porém com roteiro confuso teve péssima aceitação de crítica e público.

O SBT News participou, em Los Angeles, de uma conversa com o cineasta Denis Villeneuve, que traz no currículo filmes como Sicario: Terra de Ninguém, A Chegada e Blade Runner 2049. Villeneuve contou que optou por dividir o primeiro livro da saga em dois filmes por causa da quantidade de detalhes e informações contidos nas mais de 800 páginas da obra original.

"Eu li o livro quando eu tinha 13 anos e quando eu conversei com toda minha equipe pela primeira vez eu deixei claro que eu queria trazer para tela as mesmas imagens e sentimentos que eu criei na minha mente quando li a obra há quase 40 anos. Eu queria que os fãs do livro, eu sou um deles, se conectassem e reconhecessem as cores, os cheiros e as emoções que estão nas páginas. Um dos maiores desafios era honrar aquele adolescente que fui um dia com o livro na mão", contou o cineasta.

Villeneuve falou ainda que dividiu essa responsabilidade com outro artista que quando adolescente se deslumbrou com o poder do livro, o compositor Hans Zimmer, responsável pela fantástica trilha sonora que vai dos mais altos timbres ao silêncio pontiagudo. Zimmer acumula na carreira 12 indicações ao Oscar (Rei Leão, Gladiador, A Origem, Interestelar, entre tantos outros) e é um dos favoritos a levar a estatueta neste ano.

Trama cheia de detalhes profundos

Neste primeiro filme, a trama leva o espectador ao imenso universo de Duna e apresenta a poderosa família Atreides, que está para assumir o controle do planeta Arrakis. Nos situa no deserto de Arrakis, com dunas repletas de 'especiarias', mas também cheio de armadilhas, vermes gigantes que habitam a aridez junto com um povo esquecido pelo império.  

Apesar da história original ter sido escrita há quase 60 anos e ser cheia de elementos futuristas e fantásticos, os temas como herança, intriga e conspiração política, disputa pelo poder, luta popular, angustiante amadurecimento, guerras por recursos e exploração, são sempre mais do que atuais.

"De uma maneira estranha e triste, os assuntos abordados no livro são mais relevantes hoje do que na época que foi escrito. Há a exploração dos recursos naturais, as dramáticas mudanças climáticas que transformam ecossistemas, a mistura de figuras messiânicas com política colocando religião e política juntas. Com tudo o que a gente vê acontecendo no mundo, hoje podemos até dizer que o livro é meio profético", fala Villeneuve.

Divulgação/Warner

Vem aí, Duna 2

Em uma jogada corajosa e arriscada, o canadense fez o primeiro longa -- superprodução que consumiu US$ 165 milhões -- antes mesmo que a segunda parte, ou seja, o final da história, fosse aprovada pelo estúdio. Agora, já com a previsão de ser lançada em 2023.

"Eu fico super nervoso pensando nessa parte dois. Tenho a pressão, a ansiedade, eu não durmo, e isso é normal. Mas também é muito divertido. Eu tenho a responsabilidade nas mãos de que os fãs do livro reconheçam a história, mas também os que nunca viram nada a respeito se sintam à vontade. Achar esse equilíbrio é complicado, mas acho que encontrei", conta.

Divulgação/Warner

Elenco estrelado

O elenco de Duna é formado por alguns dos atores mais famosos da atualidade, entre eles Timothée Chalamet, Jason Momoa, Zendaya, Josh Brolin, Oscar Isaac, Rebecca Ferguson, Stellan Skarsgård e Javier Bardem.

Duna tem distribuição da Warner no Brasil e está no catálogo da HBO Max.

As 10 indicações ao Oscar 2022

  • Melhor Filme
  • Melhor roteiro adaptado
  • Melhor figurino
  • Maquiagem e cabelo
  • Trilha sonora  (Hans Zimmer)
  • Fotografia (Greig Fraser)
  • Edição
  • Som
  • Efeitos visuais
  • Melhor design de produção

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