Líderes internacionais lembram os 80 anos da libertação de Auschwitz
Em memória ao Holocausto, sobreviventes do campo de concentração participaram de cerimônia no Sul da Polônia. Local virou símbolo de resistência ao nazismo
SBT News
O dia 27 de janeiro, instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 2005 como o Dia Internacional da Memória do Holocausto, relembra a memória de um dos capítulos mais violentos da história. Em 2025, a data marca os 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz, símbolo da brutalidade do regime nazista.
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Líderes internacionais e sobreviventes do holocausto participaram de uma cerimônia em Auschwitz, no sul da Polônia. Entre os presentes estavam o presidente francês Emmanuel Macron, o rei Charles III, do Reino Unido, e o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, que relembraram os horrores cometidos durante a Segunda Guerra Mundial.
Nesta segunda-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outras diversas autoridades do Brasil participaram de eventos para homenagear os milhões de mortos pelo regime nazista. Em nota, Lula afirmou que recordar os horrores do Holocausto é um compromisso com a humanidade diante das ameaças do extremismo.
"Auschwitz foi palco de uma brutalidade indescritível, onde pereceram um milhão dos seis milhões de judeus que perderam suas vidas sob a barbárie do regime nazista de Hitler", destacou o presidente.
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O genocídio em Auschwitz
Auschwitz foi inicialmente criado pelos nazistas para abrigar prisioneiros de guerra poloneses. Após o ataque da Alemanha nazista à União Soviética, o local passou a funcionar como um campo de trabalho forçado, onde muitos prisioneiros morriam de exaustão. A perseguição antissemita pelos nazistas começou em 1933, com a ascensão de Adolf Hitler ao poder. +Oito dos 33 reféns israelenses que seriam libertados estão mortos, diz Hamas
A partir disso, Auschwitz tornou-se um campo de extermínio, com o objetivo principal de realizar assassinatos em massa. Entre 1940 e 1945, mais de 1,2 milhão de pessoas foram mortas em Auschwitz, sendo a maioria judeus. Outras minorias também foram perseguidas e assassinadas, incluindo pessoas LGBTI+, ciganos, negros, pessoas com deficiência e opositores políticos.
Com a invasão da Polônia, o regime nazista intensificou o genocídio ao deportar judeus e criar guetos que os separavam do restante da população.
A libertação de Auschwitz pelo Exército Vermelho da União Soviética ocorreu em 27 de janeiro de 1945, marcando o início do fim do Holocausto.
Auschwitz tornou-se um símbolo da luta contra o ódio, o preconceito e a intolerância, sendo constantemente lembrada para que o Holocausto nunca seja repetido no mundo. +Brasil critica uso de algemas em deportados, mas prática é frequente desde o governo Biden