Biden e Trump coincidem em discursos que pedem união
Em pronunciamento no domingo (14), presidente dos EUA pediu a redução na temperatura da competição política; Trump também baixou o tom
Patrícia Vasconcellos
Washington, DC - Um dia depois do atentado ao ex-presidente e candidato Donald Trump, o entorno da Casa Branca estava interditado. A praça normalmente tomada por turistas estava vazia.
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Entre os homens e mulheres que fazem a segurança do local e do presidente americano, sentia-se um clima de tensão.
As imagens do sábado, durante o comício republicano na Pensilvânia, ainda reverberam na sede do poder executivo do país.
No topo da residência oficial do presidente dos Estados Unidos, homens do Serviço Secreto, que normalmente já ficam posicionados ali, conferiam as armas no meio da tarde. Joe Biden estava para chegar de Delaware.
No começo da noite de domingo (14), o democrata fez um pronunciamento. Biden falou que é preciso baixar a temperatura da disputa política no país, que diferenças de ideologias se resolvem nas urnas e não com balas, e falou em união.
No mesmo dia, vinte e quatro horas depois de ter sido alvo de um atentado, Donald Trump deu uma entrevista a dois jornalistas de meios de comunicação distintos.
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O republicano falou com o New York Post e o Washington Examiner. Chamou a atenção o fato de Trump ter baixado o tom na fala desta campanha presidencial.
Falou em união - palavra também utilizada por Biden. Trump ainda afirmou que o discurso da próxima quinta-feira, dia 18, na convenção de Milwaukee passou por adaptações. Ele tinha redigido algo mais duro e relatou que adotará uma postura diferente.
Afirmou várias vezes durante a entrevista que não era mais para ele estar aqui, vivo, e que o fato de ter virado o rosto para olhar para o telão, durante o comício, fez com que o projétil atingisse a orelha e não o crânio.
A dúvida de muitos é como o atentado do último sábado vai afetar a opinião do eleitor indeciso. As pesquisas anteriores ao último fim de semana apontavam empate quase técnico.
Algumas indicavam Trump seis pontos percentuais à frente de Biden. Outras, Biden empatado ou mais à frente.
As manchetes até sábado pela manhã eram sobre a pressão que Biden sofria depois do debate de Atlanta.
