Canadá anuncia tarifas de 25% sobre produtos dos EUA em resposta a Trump
Medida foi anunciada pelo premiê Justin Trudeau nesse sábado (1º); China e México também preparam retaliação
Felipe Moraes
O Canadá anunciou tarifas de 25% sobre produtos dos Estados Unidos em resposta a recentes medidas de Donald Trump. China e México também preparam retaliação.
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A medida foi divulgada nesse sábado (1º) pelo primeiro-ministro do país, Justin Trudeau, em coletiva de imprensa após o presidente dos EUA assinar ordens executivas impondo taxas de 25% sobre produtos canadenses, além de 10% sobre energia.
Segundo Trudeau, a retaliação do Canadá deve ser implementada em duas fases, totalizando US$ 155 bilhões.
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Taxas sobre bebidas alcoólicas, eletrodomésticos e roupas dos EUA
Falando a jornalistas em Ottawa, Trudeau afirmou que haverá tarifas sobre produtos norte-americanos "do cotidiano", citando cerveja, vinho, bourbon, frutas, sucos, incluindo o de laranja, vegetais, perfumes, roupas e queijos.
"[A medida] vai incluir importantes produtos de consumo, como eletrodomésticos, móveis e equipamentos esportivos, materiais como madeira serrada, plásticos e muito, muito mais", prometeu o premiê canadense. O governo ainda não divulgou uma lista completa de itens que devem ser impactados com as mudanças.
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Na terça (4), US$ 30 bilhões em produtos norte-americanos já devem ser atingidos por taxas; depois, serão US$ 125 bilhões em 21 dias, para dar tempo a negócios canadenses se adaptarem a encontrarem alternativas.
O "tarifaço" de Trump também deve começar a valer na terça. Os EUA ainda estabeleceram taxas de 25% sobre produtos do México e 10% sobre importados da China.
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Trudeau ainda disse que o governo planeja medidas não tarifárias relacionadas a minerais críticos e aquisição de energia.
"Quaisquer conversas sobre medidas adicionais, particularmente envolvendo uma indústria ou uma região mais do que outra, serão tratadas de forma cuidadosa e ponderada, e com total parceria de líderes regionais, premiês provinciais e empresários. Nenhuma parte do país vai carregar um fardo maior do que qualquer outra", reforçou.