Publicidade
Mundo

Lesão na coluna pode ter levado suspeito a matar CEO nos EUA, diz polícia

Luigi Mangione utilizou uma arma caseira para atirar diversas vezes contra o executivo da UnitedHealthcare, Brian Thompson, em Nova York, na semana passada

Imagem da noticia Lesão na coluna pode ter levado suspeito a matar CEO nos EUA, diz polícia
Luigi Mangione foi preso enquanto comia numa rede do McDonald's na Pensilvânia | Divulgação/ X @PAStatePolice
Publicidade

Uma lesão crônica na coluna pode ter sido o estopim para que Luigi Mangione assassinasse a tiros Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, na última semana em Manhattan, nos Estados Unidos. As informações foram divulgadas pela polícia de Nova York na última quinta-feira (12).

De acordo com o chefe dos detetives Joseph Kenny, documentos apreendidos com Mangione e suas postagens em redes sociais indicam que ele sofreu uma lesão dolorosa e “transformadora” nas costas, o que teria influenciado seu estado mental. Apesar de nunca ter sido cliente da seguradora, Mangione aparentava estar insatisfeito com o setor de saúde e pode ter direcionado sua raiva à UnitedHealthcare pelo tamanho e influência da corporação.

“Não há indícios de que ele tenha sido cliente da UnitedHealthcare, mas em seus escritos ele destaca que é a quinta maior corporação dos Estados Unidos, além de ser a maior organização de saúde do país. Isso pode ter sido o motivo para ele escolher essa empresa como alvo”, explicou Kenny em entrevista à NBC News.

Prisão na Pensilvânia

Mangione, de 36 anos, foi preso na segunda-feira (9), em um McDonald’s na cidade de Altoona, na Pensilvânia, após ser reconhecido por meio de fotos distribuídas pela polícia. Com ele, as autoridades encontraram uma pistola com silenciador, documentos manuscritos que faziam referência à indústria de saúde, e um caderno onde, segundo informaram fontes da investigação à NBC News, havia menções sobre atacar um CEO.

Ainda segundo os investigadores, Mangione utilizava a plataforma Reddit para compartilhar experiências sobre sua recuperação após uma cirurgia na coluna no ano passado, que ele descreveu como um procedimento que “transformou sua vida para melhor”.

Contudo, suas publicações antigas não indicavam qualquer insatisfação com a indústria de seguros de saúde. Essas críticas, segundo a polícia, surgiram apenas recentemente e foram evidenciadas em uma nota manuscrita apreendida durante sua detenção.

Crime premeditado

O assassinato ocorreu na manhã de 6 de dezembro, em Midtown Manhattan. Imagens de câmeras de segurança mostram que Thompson foi alvejado pelas costas enquanto caminhava na calçada, por volta das 6h44. O atirador, que usava máscara e capuz, continuou a disparar antes de fugir.

As investigações apontam que Mangione chegou a Nova York em 24 de novembro de ônibus e se hospedou em um albergue. A arma usada no crime, uma chamada “ghost gun” — pistola fabricada de forma caseira com peças montadas por impressora 3D — foi recuperada durante a prisão e vinculada aos cartuchos encontrados na cena.

Processo judicial

Detido na Pensilvânia, Mangione enfrenta acusações de porte de arma e falsificação, enquanto resiste à extradição para Nova York, onde será formalmente acusado de assassinato. Sua próxima audiência está marcada para 30 de dezembro. O advogado do suspeito já declarou que ele pretende se declarar inocente de todas as acusações.

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade