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O reconhecimento americano aos votos na Venezuela contrasta com o silêncio de parte dos latinos

Apesar dos esforços diplomáticos, parte dos países latino-americanos não se posicionou sobre as fortes evidências de fraude eleitoral na Venezuela

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Casa Branca esperava mais dos países latinos em relação às eleições na Venezuela | Patrícia Vasconcellos/SBT
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Washington DC - Quatro dias depois das eleições, que revelaram fortes evidências de fraude, corroboradas por um relatório de um dos mais sérios institutos que monitoram o respeito à democracia e direitos humanos no mundo, a diplomacia americana se pronunciou sobre o resultado anunciado pelo Conselho Eleitoral Venezuelano.

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Na quinta-feira (1), o Secretário de Estado, Antony Blinken, disse que os dados demonstraram de forma esmagadora o desejo da população venezuelana, que deu a vitória a Edmundo Gonzalez.

"Os venezuelanos votaram e os votos devem ser contabilizados", disse o chefe da diplomacia dos Estados Unidos.

Na coluna anterior, falamos sobre o respeito ao rito diplomático. Um país soberano tem suas próprias leis e, no caso da Venezuela, o tempo para apresentação das atas eleitorais já passou.

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Foi após o vencimento deste prazo que os Estados Unidos se pronunciaram, reconhecendo como vencedor o candidato da oposição que conseguiu, de forma independente, ter acesso aos recibos impressos e assinados por testemunhas de mais de oitenta por cento das urnas do país.

O governo americano buscou diálogo com o Brasil, que enviou Celso Amorim a Caracas. Biden conversou com Lula por telefone na terça-feira (30).

No mesmo dia, países latinos se reuniram na capital Washington na reunião da OEA, a Organização dos Estados Americanos.

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Apesar do posicionamento da instituição, a reunião falhou por não conseguir aprovar um posicionamento da maioria sobre o que aconteceu na Venezuela. O Brasil e a Colômbia - países sobre os quais recaía grande expectativa - se abstiveram do voto. O México não compareceu.

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Durante a semana, os americanos deram claros sinais de que esperavam mais em relação à posição de alguns países latinos sobre as eleições venezuelanas.

"Simplesmente reiteramos que os Estados Unidos se unem às democracias da região e do mundo em expressar séria preocupação sobre a subversão das normas democráticas", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional em uma coletiva de imprensa na Casa Branca na quarta-feira (31).

Porta-voz do Conselho de Segurança Nacional em coletiva na Casa Branca na quarta-feira, 31 de julho | Patrícia Vasconcellos/SBT
Porta-voz do Conselho de Segurança Nacional em coletiva na Casa Branca na quarta-feira, 31 de julho | Patrícia Vasconcellos/SBT

Naquela tarde, John Kirby disse que os Estados Unidos estavam "com a paciência se esgotando," assim como a comunidade internacional, para que o Conselho Eleitoral Venezuelano divulgasse as atas detalhadas das sessões de votação.

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Até o fechamento desta coluna, no dia 2 de agosto, o CNE venezuelano não tinha liberado, para consulta, as atas detalhadas de votação por sessões no país.

Durante a semana, John Kirby citou o relatório do Instituto Carter Center, que levou observadores à Venezuela para acompanhar as eleições.

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O texto da renomada instituição americana diz que "As eleições presidenciais de 2024 na Venezuela não cumprem parâmetros internacionais de integridade eleitoral e não podem ser consideradas democráticas."

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