Publicidade
Mundo

Suspeito de matar CEO é indiciado por homicídio como ato de terrorismo nos EUA

Luigi Mangione é acusado pelo assassinato de Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, maior seguradora de saúde dos Estados Unidos

Imagem da noticia Suspeito de matar CEO é indiciado por homicídio como ato de terrorismo nos EUA
Publicidade

O homem acusado de assassinar o CEO da UnitedHealthcare, nos Estados Unidos, foi formalmente indiciado por homicídio como ato de terrorismo, anunciaram os promotores nesta terça-feira (17).

Luigi Mangione, que já enfrentava acusações de homicídio pelo assassinato de Brian Thompson em 4 de dezembro, agora responderá pela nova acusação.

+ Morte de CEO nos EUA: Digitais encontradas em local do crime eram compatíveis com jovem preso

De acordo com Alvin Bragg, promotor do distrito de Manhattan, o assassinato teve como objetivo "provocar terror" entre a população. "E vimos essa reação", afirmou Bragg. O advogado de Mangione, Karen Friedman Agnifilo, recusou-se a comentar o caso.

Os promotores embasaram a nova acusação em uma lei antiterrorismo de Nova York, implementada após os ataques de 11 de setembro. Segundo a legislação, crimes podem ser classificados como atos terroristas quando têm a intenção de intimidar ou coagir a população, influenciar políticas governamentais por meio de violência ou afetar condutas institucionais.

+ Quem é Luigi Mangione, suspeito de matar CEO de plano de saúde nos EUA

Desde sua criação, a lei foi usada em diferentes contextos, inclusive contra membros de gangues. No entanto, nem sempre os casos resultaram em condenações por terrorismo. Em 2002, a mais alta corte do estado rejeitou a acusação após uma menina de 10 anos ser morta em um tiroteio no Bronx, levando a um novo julgamento com condenações alternativas.

Caso gerou indignação

Brian Thompson, 50 anos, foi baleado enquanto caminhava em direção ao hotel onde acontecia uma conferência de investidores da UnitedHealthcare, a maior seguradora de saúde dos Estados Unidos, sediada em Minnesota.

A morte de Thompson gerou indignação em diversos setores, com críticas intensas às práticas das seguradoras de saúde no país. Nas redes sociais e em outros canais, muitos americanos compartilharam histórias sobre cobertura negada, disputas entre médicos e empresas e as dificuldades com contas médicas elevadas.

+ Munições usadas no assassinato de CEO de seguradora de saúde tinham inscrições, diz agência

Além disso, o crime repercutiu entre executivos, especialmente após cartazes com imagens e nomes de outros dirigentes do setor de saúde serem espalhados pelas ruas de Nova York. Em algumas redes sociais, usuários exaltaram o ataque como uma vingança.

Jessica Tisch, comissária de polícia de Nova York, condenou qualquer tentativa de justificar o crime. “Racionalizar isso é vil, imprudente e ofensivo aos nossos princípios de justiça,” declarou nesta terça-feira.

*com informações da Associated Press

Publicidade

Assuntos relacionados

Estados Unidos
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade