Proteção veicular: nova lei regula e impõe regras para associações e cooperativas
A modalidade, alternativa ao seguro tradicional, pode reduzir custos para motoristas. Especialistas, no entanto, alertam sobre diferenças na cobertura
SBT Brasil
Entrou em vigor no Brasil uma lei que estabelece regras para que associações e cooperativas ofereçam a chamada proteção veicular. A alternativa ao seguro tradicional pode representar uma economia significativa para o consumidor, mas exige atenção, já que a cobertura tem diferenças importantes.
O assistente de comunicação Wellington Melo optou pela proteção veicular em vez do seguro convencional por conta do preço. "Quando fiz a cotação, meu seguro sairia por R$ 520, enquanto a proteção veicular ficou em R$ 199. Hoje, esse é o valor que eu pago, então a economia é boa", explicou.
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Atualmente, cerca de 7 a 8 milhões de veículos no país contam com essa modalidade de proteção contra acidentes, roubos e furtos. No entanto, até então, o serviço não era regulamentado pelo governo, gerando preocupações sobre o pagamento das indenizações. Com a nova lei, associações e cooperativas que oferecem a cobertura terão seis meses para se cadastrar na Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), que será responsável pela fiscalização da atividade.
A principal diferença entre o seguro tradicional e a proteção veicular está na forma de pagamento e na cobertura. No seguro convencional, o cliente paga um valor fixo à seguradora e tem direito à indenização em caso de danos ao veículo ou à vida. Já na proteção veicular, os associados fazem contribuições mensais para um fundo que cobre apenas os sinistros relacionados ao veículo.
Segundo Carlos Queiroz, diretor da SUSEP, essa diferença explica a variação no preço entre as modalidades. "No caso da proteção veicular, o risco é todo do grupo de associados e é compartilhado proporcionalmente entre eles", afirmou.
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Apesar da regulamentação trazer mais segurança aos consumidores, o diretor-executivo do Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC), Igor Brito, alerta que é preciso manter a atenção. "Temos milhões de brasileiros que já são clientes dessas proteções veiculares. Porém, isso não significa que, com a nova lei, não teremos problemas no setor. Agora, pelo menos, os consumidores podem denunciar irregularidades à entidade fiscalizadora", concluiu.