Reforma Ministerial: Macêdo diz que não foi informado sobre demissão, mas fica no cargo 'enquanto Lula quiser'
Ministro da Secretaria-Geral da Presidência admitiu ter "inimigos" na política durante café da manhã com jornalistas
Raphael Felice
O ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, negou que existam conversas no governo sobre uma possível reforma ministerial. Em um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, ele afirmou que cabe ao presidente Lula decidir quem fica e quem sai do governo.
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"Não tem nenhuma discussão do governo sobre reforma ministerial. Segundo, eu queria falar uma coisa com vocês, aproveitar a oportunidade de tanta gente muito importante. Vamos dizer uma coisa aqui: na minha cabeça é uma coisa muito bem resolvida. O cargo que eu ocupo hoje é do presidente da República. O povo me outorgou por quatro anos. Então, ele tira e bota quem ele quiser, a hora que ele quiser. Essa é a natureza da política", disse Macêdo.
Desde as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, durante um evento do PT, cresceram nos bastidores do Planalto especulações sobre trocas na Esplanada dos Ministérios. Elas começariam no palácio presidencial, com Pimenta indo da Secom para a Segov, abrindo espaço para a entrada de Sidônio Palmeira na Secom.
Macêdo foi criticado por Lula em algumas oportunidades devido a alguns eventos esvaziados com a participação do presidente. Cabe a Macêdo fazer a articulação com militantes e movimentos sociais em eventos da presidência.
Questionado sobre isso, o ministro desconversou e disse que também foi elogiado por diversas vezes e citou o sucesso, segundo ele, na articulação do G20 Social. Ele ainda afirmou que os boatos sobre sua demissão surgem de pessoas que querem desestabilizá-lo e enfraquecê-lo politicamente. Apesar de não citar nomes, falou que com o tempo, se descobrem "inimigos" na política.
"Todos os dias alguém planta alguma coisa [para desestabilizar], mas isso não me abala", disse o ministro.