O fenômeno das lives dos NPCs vivos: responsabilidade das plataformas em questão
As lives dos NPCs vivos ganham popularidade, levantando questionamentos sobre a responsabilidade das plataformas
Armindo Ferreira
As lives dos NPCs vivos estão em alta. Quem joga conhece bem o termo NPC, uma abreviação do termo em inglês "non-playable character" ou personagem não jogável. Esses personagens são comuns em jogos, seja para preencher o cenário ou para fornecer missões e orientações aos jogadores. No TikTok, surgiu um fenômeno em que pessoas imitam esses NPCs em transmissões ao vivo, falando frases específicas ou agindo de maneira diferente quando recebem presentes virtuais. Posteriormente, esses presentes são trocados por dinheiro real.
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O próprio Felca, um influenciador digital, criou seu próprio personagem NPC e realizou lives nesse formato. Ele chegou a arrecadar 30 mil Reais, que foram doados para a caridade. No entanto, o TikTok emitiu um comunicado anunciando que irá restringir esse tipo de live.
Essa tendência tem gerado críticas para aqueles que realizam esse tipo de live, mas é importante questionar a responsabilidade das plataformas nesse contexto. As plataformas de mídia social desempenham um papel fundamental na moderação e supervisão do conteúdo compartilhado por seus usuários.
Embora a popularidade das lives dos NPCs vivos possa ser atribuída à criatividade e inovação dos criadores de conteúdo, é importante considerar os possíveis impactos negativos dessa prática. A monetização dessas lives pode incentivar comportamentos enganosos ou manipulativos, levando a uma exploração da generosidade dos espectadores.
Portanto, as plataformas têm a responsabilidade de estabelecer diretrizes claras e políticas de moderação que protejam tanto os usuários quanto os espectadores. Restringir ou controlar esse tipo de conteúdo pode ser uma medida necessária para evitar abusos e garantir a integridade das transmissões ao vivo.
Em última análise, é fundamental encontrar um equilíbrio entre a liberdade criativa dos usuários e a proteção dos usuários e da comunidade em geral. As plataformas devem estar atentas e tomar medidas adequadas para evitar possíveis abusos e garantir que a experiência dos usuários seja segura e positiva.
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