Lula diz que não fará "bravata" para baixar preços dos alimentos
Presidente sugeriu chamar empresários para conversar sobre medidas para baratear alimentação no país
Vinícius Nunes
Murilo Fagundes
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (30) que não fará nenhuma "bravata" para baratear os alimentos. O petista afirmou que não vai "estabelecer nada que possa justificar o surgimento do mercado paralelo". Lula deu uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
"Não tomarei nenhuma medida daquelas que são bravata. Não farei cota, não colocarei helicóptero para vigiar fazenda e prender boi, como foi feito no tempo do Plano Cruzado [1986]", disse o presidente.
+ Lula diz que não tomará novas medidas fiscais, mas promete: "Não haverá irresponsabilidade"
Segundo Lula, o aumento do preço dos alimentos é "sempre muito ruim" porque aflige as pessoas mais pobres. O petista disse que o caminho para baixar os preços é aumentar a produção e fornecer mais condições para pequenos e médios produtores.
Lula também sugeriu uma reunião com os empresários do ramo de alimentos, sobretudo dos produtores de óleo de soja e carnes. “Quando eu cheguei à Presidência, o preço do óleo de soja tinha caído para R$ 4, agora subiu para R$ 9, R$ 10, ou seja, qual é a explicação?”, questionou.
Na semana passada, Lula reuniu ministros para debater possíveis medidas para reduzir o preço de alimentos e bebidas no Brasil. Na saída, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo avaliava reduzir o imposto de importação de produtos que estão custando mais por aqui do que no mercado internacional.