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11 de julho de 2024: o dia dos papéis invertidos para Biden e Trump

Até alguns dias atrás, o foco não seria Biden em uma entrevista coletiva, mas Trump, que conheceria em Nova York sua sentença no processo em que foi condenado

Imagem da noticia 11 de julho de 2024: o dia dos papéis invertidos para Biden e Trump
Biden em discurso no evento de 75 da OTAN | X/@WhiteHouse
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Washington DC - A melhor estratégia de Donald Trump parece ser, nos últimos dias, o silêncio. Embora fale aos quatro ventos nos comícios sobre o adversário e diga coisas como "os democratas não sabem escolher qual é o pior candidato", o fato é que o ex-presidente republicano sumiu das manchetes dos noticiários.

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Tem sido assim tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. Desde o debate em Atlanta, a notícia tem sido se Biden permanece ou não na corrida ou a pressão para que o Partido Democrata mude de aposta para 2025.

Na coletiva de imprensa da noite de quinta-feira (11), Biden foi enfático.

"Sou o melhor nome para derrotar Trump".

O presidente está determinado.

Não apresenta sinais de ceder a qualquer pressão, nem de doadores mais próximos do partido ou de amigos como o ator George Clooney, que escreveu um artigo no New York Times pedindo que ele desista de sua candidatura à reeleição.

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"Ninguém falou que não posso ganhar", disse um Joe Biden muito mais enérgico do que no debate.

Se o nome dele e de Kamala Harris forem realmente confirmados na convenção Democrata de agosto, em Chicago (o que parece a cada dia mais provável), a missão a partir dali será tudo ou nada para convencer o eleitor indeciso.

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Donald Trump, que tinha até um mês atrás desvantagem na imagem positiva - ele foi condenado criminalmente em 34 acusações -- agora parece surfar na sombra provocada pelas notícias sobre o oponente.

Onze de julho de dois mil e vinte e quatro seria a data em que o juiz de Nova York leria a sentença do processo criminal em que Trump foi condenado por unanimidade pelo júri popular, que entendeu que ele fraudou documentos contábeis empresariais para subornar alguém.

Saúde de Joe Biden ofusca evento oficial dos 75 anos da OTAN  X@WhiteHouse.jpg
Saúde de Joe Biden ofusca evento oficial dos 75 anos da OTAN X@WhiteHouse.jpg

Desta forma, segundo o júri, Trump interferiu num processo eleitoral porque enganou o eleitor ao se pintar como mais honesto do que realmente é.

O próximo passo após a condenação é definir a pena, que pode ser prisão em regime fechado, prisão domiciliar ou multa. Isso aconteceria no dia 11 de julho.

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Tudo mudou com a decisão da Suprema Corte que deu imunidade aos atos oficiais de qualquer presidente.

Embora as acusações de Nova York se refiram a um período em que Trump era candidato, o juiz de lá aceitou adiar a leitura da sentença para avaliar a decisão recente da máxima instância do judiciário americano.

Ao fim, o 11 de julho de 2024 não foi sobre se Trump será ou não preso, mas se Biden foi ou não foi bem numa coletiva de imprensa.

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Todos no começo perguntaram sobre a possível desistência da candidatura. Era esperado. Biden respondeu que fica. Também era esperado. Biden estava com a voz mais clara e disposto. Isso era dúvida.

Biden avançou e conseguiu tocar em temas da Cúpula da OTAN - evento em que a entrevista se deu. Foi um ponto positivo.

Sobre o que disse, nada novo, mas foram temas importantes para o eleitorado indeciso: Biden reafirmou que é contra uma ocupação militar permanente de Israel em Gaza, que disse a Netanyahu para que eles não repitam os erros dos americanos após Bin Laden e que está decepcionado por não ter conseguido implementar avanços no acordo de paz.

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Demonstrou interesse em ampliar a fabricação de armas dos aliados da OTAN para outros continentes, disse que não tem por que falar com Putin se o líder russo não mudar de comportamento (em relação à invasão da Ucrânia) e conseguiu falar até sobre a violência armada no país. Que impacto tudo isso terá nas intenções de voto, pesquisas novas dirão.

As metas da 75ª Cúpula da OTAN

Foto oficial dos 32 países membros da aliança militar OTAN  X@WhiteHouse.jpg
Foto oficial dos 32 países membros da aliança militar OTAN X@WhiteHouse.jpg

Em entrevista ao SBT, o porta-voz do Departamento de Estado Christopher Johnson detalhou algumas metas e desafios dos Estados Unidos durante a cúpula da OTAN.

Johnson, pontuou temas da cúpula que têm relação não só com o mundo, mas também com a América Latina.

  • Sobre os caças F-16 recém-enviados à Ucrânia, por exemplo, ele lembrou que os Estados Unidos já facilitaram a transferência desse tipo de aeronave de combate para a Argentina. E ressaltou o apoio irrestrito à defesa de Kiev
  • Falou sobre a necessidade para a defesa dos valores democráticos de países como Brasil, EUA e países da OTAN.
  • Falou sobre a meta dos países-membros da OTAN de ampliar a base industrial de defesa.
  • Disse que a OTAN também está interessada em criar uma rede de cooperação para a defesa contra ataques cibernéticos.
  • Johnson ainda falou sobre a meta da aliança militar de melhorar a participação feminina em cargos de liderança.

+ Confira aqui a íntegra da entrevista

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