Crise migratória: cerca de 9 mil refugiados chegam a ilha na Itália
Com aproximadamente 6 mil habitantes, Lampedusa viu sua população mais que dobrar em apenas 48 horas
SBT Brasil
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou nesta 2ª feira (18.set) um plano para conter a crise migratória em Lampedusa, ilha na Itália que se tornou o principal destino de embarcações de refugiados que atravessam o Mar Mediterrâneo.
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"Nós decidimos quem pode entrar e em que circunstâncias, não os contrabandistas e traficantes", declarou Ursula von der Leyen, ao lado da premiê italiana Giorgia Meloni, durante visita a Lampedusa.
Em apenas 48 horas, a ilha italiana, que possui aproximadamente 6 mil habitantes, viu sua população mais que dobrar, após a chegada de cerca de 9 mil refugiados.
Dentre as medidas previstas no plano da União Europeia estão um bloqueio naval para impedir a partida de barcos da África, a transferência de fundos para a Tunísia impedir a partida de botes clandestinos, e a criação de corredores humanitários para desencorajar rotas ilegais.
Desde o começo do ano, 127 mil imigrantes desembarcaram na Itália. O número já é o dobro do registrado ao longo de 2022 e está perto de atingir o recorde registrado em 2016, quando cerca de 200 mil pessoas entraram ilegalmente no país.
A maioria dos refugiados é proveniente da Costa do Marfim, Guiné, Tunísia, Egito, Bangladesh, Burkina Faso e Paquistão - países que enfrentam crises humanitárias e problemas como a fome, guerras civis e recessão econômica.
O governo italiano declarou que vai convocar embaixadores dessas nações para discutir o tema.